Antonio
Nunes de Souza*
Quase
um mês para o nosso querido Natal, justifica que passemos a criar “estórias”
relativas a nossa majestosa e maravilhosa maior festa da cristandade, comemorada
fartamente em todo mundo!
Sem
exageros, temos que concordar, pois, a grande essência natalina, atinge todas
as pessoas, independe de cores, gêneros, credos, níveis sociais e educacionais.
Podemos afirmar que trata-se de uma comemoração coletiva em toda humanidade!
Mas,
existem casos de aproveitamento dos festejos para fazer desatinos, sair da
linha e, muitas vezes, ainda colocar a vida de outros, passivas de tragédias!
Foi
o caso Renata, mulher bonita, bem casada, com dois lindos filhos de seis e sete
anos, marido bom que lhe fazia todas as vontades, porém, quando surgia uma
oportunidade, ou ela mesma criava, traía seu marido sem a menor compaixão!
Desta
feita, logo que ela conheceu o professor de arte dramática da escola dos
meninos, começou a dar “mole” e, já que era petulante, abriu o jogo para
Roberto (esse era seu nome), armando um encontro numa noite que seu marido não
estivesse na cidade, para ele ir levando uma roupa de Papai Noel, para caso
acontecesse algo de errado, ela diria que o havia contato para divertir as
crianças e elas fazerem seus pedidos natalinos.
Chegado
o dia marcado por ela, já que seu marido viajaria e só voltaria na tarde
seguinte, combinou aquela noite para que ele fosse e não se esquecesse de levar
a indumentária natalina.
Roberto,
jovem novo de vinte e poucos anos, estava adorando a aventura, não só pelo
sexo, como também, provavelmente, seria compensado com presentes da sua amante.
Seguiu no horário combinado, chegando lá foi recebido por ela, que já havia
dispensado a empregada e tinha colocado os filhos para dormir. Foram ambos para
o quarto do casal, depois de algumas preliminares, começaram a transar livres e
libertinamente, ela aproveitando a força da juventude de Roberto, enquanto ele,
não deixava por menos em estar numa aventura, praticamente, “radical”.
Aconteceu
que pessoa que seu marido foi encontrar-se, havia viajado inesperadamente, por
motivo de doenças familiares e, já que não adiantava ficar, pegou seu carro e
voltou na mesma hora, chegando em sua casa, exatamente, na hora que estavam se
arrumando. Ela vendo a entrada do carro na garagem, mandou que Roberto se
vestisse de Papai Noel, que ela ia acordar as crianças para fazer uma encenação
qualquer.
Arrastou
os meninos sonolentos para a sala, onde, já caracterizado do “velhinho” e se
cagando de medo, Roberto começou a cantar Jingle Bell, enquanto as crianças
arregalavam os olhos e gritavam: Viva Papai Noel! Viva, Viva, e cadê os nossos
presentes?
O
marido entrou na sala e viu o tal reboliço, achou muito estranho, mas,
confiante em sua mulher, vendo que os filhos estavam presentes e alegres,
acatou a brincadeira, mas, com uma pulga atrás da orelha. Ele sem saber o que
fazer, então ela olhou para Roberto e disse: Conte uma “estória” para os
meninos e depois lhe pagaremos na hora de ir embora.
A
essa altura, Roberto já puto da vida e arrependido da merda que tinha entrado,
começou a contar a estória para a mulher, o marido e as crianças:
Era
uma vez uma rainha que tinha tudo, era muito bem tratada pelo rei, não lhe
faltando absolutamente nada, pois o rei era uma pessoa maravilhosa. Mas, ela em
vez de se comportar dignamente, respeitando o rei que era bom e gostava muito
dela, todas as vezes que ele viajava ela arranjava um namorado no próprio
reinado que vivia, traindo sua majestade, procedendo como uma mulher vulgar e
traiçoeira!
Isso
aconteceu várias vezes, até que um dia o rei a pegou em plena traição, matou
ela e o amante, arranjou outra mulher decente pra ser a sua querida rainha!
O
marido cochichou para a mulher: Que estória mais sacana esse cara veio contar
para meus filhos! É isso mesmo, eu pensei que ele fosse melhor ator. Meu bem
pergunte ele quanto é e pague. É mil reais doutor pois foi a noite e cobro
extra, transporte, jantar, aluguel da roupa, etc.
Está
caro, mas, tudo bem, olhe aqui o cheque e Feliz Natal!
O
fato é que ela, depois de se tremer ouvindo a narração do improvisado Papai Noel,
nunca mais traiu o marido, ficou super arrependida do que vinha fazendo e, para
completar, transformou-se em uma paroquiana de primeira linha!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-ntoniomanteiga.blogspot.com
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