Antonio
Nunes de Souza*
Quando
você alcança determinada idade, normalmente, nas reuniões, ou virtualmente,
seus amigos e amigas participantes, quer sejam idosos ou não, mostram-se sempre
mais abertos para fazer suas declarações, contar suas histórias ao longo de
suas vidas ao seu modo, declarar os erros dos outros, os “por que” que as
coisas não deram certo, etc., sempre se pondo como vítimas e, normalmente, que
foram corretos e cobertos de razões! Ainda, como complementação, dizem com a
maior simplicidade: Eu aguentei até onde pude!
Curioso
é que, geralmente, os confessores já passaram por uma, duas, ou até três
experiências e, infelizmente, nunca se deu ao trabalho de fazer uma “auto
analise”, estudando com sensatez e sem tendenciosidades, ou como é dito
normalmente no popular, puxando para sua sardinha!
Para
alguns, que são mais conscientes, o tempo termina mostrando certas partes da
realidade, os egoísmos, as ideias obsoletas, os fanatismos, comportamentos
pudicos exacerbados, atitudes dominadoras completamente descabidas, etc., que,
a outra parte, também tem sentimentos, amor próprio e personalidade, não estavam
habituados a lidar com prisões ou liberdades vigiadas!
Que
essas pessoas, que se qualificam exageradamente boas, aproveite, essa época
sutil e misteriosa do Natal, para fazer um retrospecto das suas vivencias e
experiências nas suas uniões passadas, pois, com certeza, se quiser ser justa e
sincera, verá que colaborou bastante também, para que as coisas não dessem
certas! Ou, quem sabe, seja ela, somente a causa dos desencontros.
E,
para provar que está sendo junta, nos outros encontros, nas outras reuniões,
tenha a sensatez e coragem de dizer: “Eu acho que meu comportamento colaborou
bastante para os rompimentos! Mas, agora é tarde e Inês está morta!”
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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