Antonio Nunes de Souza*
Existe
um adágio popular bem chulo, bastante usado e conhecido: “Quem tem c.... tem
medo”. E essa teoria é comprovada não só entre os homens, como também entre os
animais irracionais, que nas horas perigosas, procuram correr ou se proteger
escondendo-se e maneirando suas ações. Para uma grande maioria, esse ditado tem
um valor profundo, e abre os olhos dos que não respeitam os perigos, para que
tenham precaução, e sigam outra citação popular pertinente, que diz: “Cautela e caldo de galinha não faz mal a
ninguém!”
Mas,
como toda regra tem suas exceções, estamos convivendo, atualmente, com uma das
mais estranhas e polêmicas que é super prejudicial à vida, chegando inclusive a
ceifá-la sem dó nem piedade, e quando acontece algo e ela quer ser benevolente,
deixa pelo menos, algumas sequelas que serão inesquecíveis!
Estou
falando sobre o acidente de motocicletas, que pela constância diária, tornou-se
um assunto que nos chamou a atenção com preocupações, já que esses usuários,
normalmente, na sua grande e vasta maioria, não respeitam as regras de trânsito,
e não só se expõem aos perigos como também trazem riscos constantes para os
pedestres, com suas manobras intransigentes, velozes e arriscadas!
Com
relação a normalidade de tráfego entre os carros e as motos, essa não existe,
pois, devido aos desrespeitos mútuos (mais acentuado da parte dos
motociclistas), parece que estamos presenciando um verdadeiro “rally urbano”,
com ultrapassagens perigosas, sem que haja juízes para controlar os ímpetos
mais absurdos e arriscados. Esses juízes que cito, são nada mais, nada menos
que os guardas de trânsito, tão necessários para fazer com que as leis sejam
obedecidas. Eu juro que fico pasma e boquiaberto, ao ver alguém sentado corajosamente,
usando o moto-táxi. Sou capaz de andar quilômetros, mas, esse transporte
radical eu jamais usarei!
E,
com a série de acidentes fatais diariamente, os cavaleiros das duas rodas
continuam acelerados e acelerando suas máquinas, provando, literalmente, que
“eles têm c.... mas não tem medo!”. Que são os expoentes máximos dessa regra
sábia, para uma ação que não justifica para quem ama a vida!
Para
nós, resta lamentar esse comportamento insólito, nada digno de um ser racional,
que sem nenhuma dúvida, causa transtornos para todos que circulam pelas ruas,
principalmente o pobre e desprotegido pedestre. Nada custa também, salientar as
ensurdecedoras descargas livres que usam, dando aceleradas violentas para
chamar a atenção e, consequentemente, nos deixar aterrorizados e surdos!
Aos
queridos motociclistas, só nos resta pedir que parem de ser a exceção dessa
regra, usem seus equipamentos de proteção, sejam cautelosos nas manobras,
evitem disputas com outros veículos, aguarde os semáforos verde para passar,
pois, assim fazendo, teremos uma acentuada melhoria nas vias públicas, e
minimizaremos os cotidianos acidentes!
Ou
será que os motociclistas não tem C....?
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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