Antonio Nunes de Souza*
Vinte
e um de setembro, data exata que ela deveria chegar, cheia de graça, perfumada
e florida, como sempre fazia no passado. Mas, mediante as poluições do ar,
mares e rios, aumento do buraco negro, desmatamento exagerado e outros
procedimentos nocivos mais, as estações climáticas se confundiram de tal forma
que, absurdamente, temos as quatro de uma só vez em várias partes do país,
causando em vez de alegrias, trazendo hecatombes, tragédias, mortes e prejuízos
incalculáveis, deixando o povo triste, desabrigado, doente e completamente
estarrecido!
Esse
vasto preâmbulo foi para anunciar, que pelo calendário, estaremos entrando na
antiga maravilhosa primavera, estação de muita beleza, pois, sempre enfeitava
os jardins, perfumava os ambientes com suas flores, e nos dava o prazer de
passear pelas praças belas e floridas, que hoje, lamentavelmente, não mais
existem!
Quando
será que a imbecilidade humana vai se conscientizar, que estão se matando
gradativamente, através dos comportamentos gananciosos e absurdos?
Será
que não tem a capacidade racional, que com essa continuação comportamental,
seus descendentes no futuro sofrerão com enchentes, ar e águas poluídas, fatos
que já estão acontecendo no presente?
É
mais que lamentável, uma coisa tão clara, com avisos brutais da natureza cotidianamente,
e a ganância humana imagina, que quando as tragédias aumentarem num futuro bem
próximo, eles pegarão suas fortunas e comprarão temperaturas saudáveis, ar
oxigenado, farão os rios não transbordarem, pararão os degelamentos dos polos,
as invasões dos oceanos, os desmoronamentos dos morros e outras tragédias, como
as viroses, que ultimamente tem aparecidas com diversas vertentes, altamente perigosas
e mortais!
Tristemente,
recebo a primavera com um carinho todo especial, vendo e sentindo que, por mais
que queiramos, ela jamais será a mesma do saudoso passado, pois,
animalescamente, os homens preferem os espinhos, que as lindas e aromáticas
rosas!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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