sábado, 23 de setembro de 2023

O GOLPE DA PERIGUETE! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Já cansada de trabalhar em balcão de loja, comecei a arquitetar um plano, que certamente me daria uma vida melhor, mais segurança e, consequentemente, melhores condições sociais e financeiras!

Sempre fui uma mulher esperta, tive muitos namorados, mas, sempre caras que só se preocupavam em transar, sem pensar em compromissos matrimoniais. Eu, por minha vez, também não ligava porra nenhuma. Pensando, com meus 25 anos, apenas em curtir minhas noites e fins de semana numa boa!

Aí, sagazmente, pensei em arranjar um coroa com grana e, iludindo-o com amor, passar a desfrutar de uma situação privilegiada. Esse golpe é por demais conhecido, mas, os coroas nas suas solidões, sempre acreditam que ainda estão sedutores e, normalmente, caem feito uns patinhos!

Passando o tempo, eu com minha ideia formada na cabeça, comecei a observar mais os idosos, sempre dando um pouco de “mole”, para aqueles que eu via pelos trajes e aparências, poderiam ser minha querida presa!

Foi quando um dia surgiu na loja, um cavalheiro super requintado, querendo fazer uma compra de uma camisa. Era até charmoso, vestido com classe, cabelos grisalhos e olhos verdes. Sinceramente, um velho gato, ou um gato velho, ainda com bastante sedução. Comecei a atende-lo trazendo várias camisas para ele escolher e, sorrateiramente, as vezes que ele olhava uma, eu pegava em sua mão bem delicadamente, como se estivesse abrindo para mostrar-lhe melhor. Trocamos as conversas normas de cliente e vendedora, sempre eu me desdobrando em sorrisos, que ele percebeu que eu estava no papo. E eu, também preocupada, imaginando se ele estava indo no meu papo. Ambos numa dúvida dupla! rs rs 

Ele comprou duas camisas, e sem pestanejar, me convidou para jantar. Claro, mesmo fazendo um biquinho de charme duvidoso, aceitei, já sentindo que a coisa ia dar “samba”. Ele agradeceu, e marcamos para as 19 horas me pegar no shopping!

Saímos, jantamos, conversamos muito, e ele me disse que trabalhava com exportação. Cheguei a tremer de alegria, pois, com certeza, eu estava com o homem certo. Depois do jantar e duas garrafas de um bom vinho, ele me convidou para ir ao seu apartamento. Fiz um charminho, mas, como estava louca para dar o golpe final, terminei aceitando, com a desculpa de “treta”, que não iria demorar. Ele pagou a conta, imagine vocês, com dólares. Isso me deixou numa felicidade enorme como se estivesse ganho na mega sena!

No apartamento, louca para fazê-lo super feliz, depois de uns beijinhos começamos a grossa sacanagem, eu me desdobrando para que ele gozasse de várias maneiras, percebi que ele adorava o sexo oral, então enchi a boca gulosamente com seu membro duro e latejante, fazendo com que ele tremesse de tanto gozo. Paramos depois de uma hora, ele foi pegar uma garrafa de vinho, começamos a tomar e nos chamegarmos, sempre com as pernas entrelaçadas e, depois de meia hora, ele me pediu para virar minha bunda, e eu sempre me fazendo de pura, disse que nunca tinha feito isso, que devia doer, etc., mas, cinicamente, fui me virando e deixando ele abrir a minha bundinha e, com certo carinho, lubrificando com cuspe foi penetrando eu meu anus. Para acabar de conquista-lo, fui mexendo bem gostoso para não deixar sair, até que gozou novamente, me apertando pela cintura!

Nisso, arrombam a porta do apartamento e, quando vi, estrava no quarto a polícia federal. Nós dois nus completamente, nos deixaram vestir e o chefe do grupo falou que Alberto Meneses (esse era o seu nome) era da facção paraguaia que exportava cocaína e maconha para os Estados Unidos. E estava sendo procurado pela Interpol e a FBI há vários anos!

Fomos os dois presos, me tomaram como se eu fosse sua amante e parceira nas negociações criminosas. Eu chorava pra caralho, totalmente louca e desesperada gritando minha inocência. Mas, o filho da puta do Alberto, nem levantava a voz para me inocentar!

Resultado é que passei 15 dias presa em selas separadas, até que esclareceram os fatos. Mas, infelizmente, saí nas páginas principais dos jornais, perdi meu emprego e fiquei puta da vida por ter me precipitado erroneamente!

Tive de mudar de apartamento por causa do vexame e a vergonha. Estou esperando a coisa amainar, para procurar um novo emprego, e nunca mais vou vacilar com filho da puta nenhum, nem velho nem novo. Já vi que homem é uma raça desgraçada!!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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