segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

VOCÊ TEM AMOR PRÓPRIO?

 

Antonio Nunes de Souza*

Embora nosso conceito sobre artigos e livros de auto estima, por que queiramos nos omitir, ou deixar passar em branco, eventualmente, nos dá vontade de escrever algo a respeito, não com o pensamento de mudar o comportamental dos outros, e sim por ver coisas absurdas e inusitadas acontecerem com pessoas que se dizem inteligentes, cultas e adultas e, não são aceitas até por crianças, ou adolescentes que estejam com seus juízos funcionando em condições normais!

Todos nós sabemos e aprendemos desde criança, que devemos querer bem, criar afetividade, consideração, dar amor, ser fiel, dedicando amizade exatamente com as pessoas que assim procedem conosco, pois, com esse comportamento podemos comprovar, como somos importantes igualitariamente, e existe um respeito mútuo, dando-nos a certeza que não estamos sendo usados por outros que, aproveitando-se das nossas fraquezas, provenientes da cegueira idiota e emocional, nos sugam materialmente e afetivamente, para depois que tirar o caldo saboroso, nos jogar fora como se fôssemos o bagaço de uma laranja!

Para quem está atravessando um momento como esse, obviamente, está surdo para qualquer argumento, cego para qualquer leitura, ou visão da verdade e, principalmente, para dizer o que seu subconsciente acha da sua ridícula situação. E, infelizmente, a idiotice e falta de amor próprio, fala mais alto, mesmo que no fundo esteja reconhecendo, o papel de capacho e subserviência que está se submetendo, naquele momento da sua preciosa vida!

O curioso é que as pessoas imbecilizadas nessas ocasiões, acham que estão certas e que todos estão completamente errados e, pior que tudo, acreditam piamente que agindo desse modo tolo, conseguirão seus intentos. Não percebendo as espertezas dos aproveitadores, que normalmente fazem o jogo do morde e assopra: “Você é que sabe!” – “Eu não estou pedindo nada!” – Eu gosto de você, mas, não posso prometer nada!” e outras frases de efeito, que mantém a esperança dos tolos, ampliando as bajulações, carinhos, presentes e outras facilidades, pois, é exatamente o que elas desejam: Usar o poço até a água acabar, ou enjoar o líquido porque encontrou outra lagoa, mais farta, menos chata e desgastada, para saciar sua sede!

Geralmente imagina-se que somente fazendo análise, pode-se resolver tais situações. Lógico que esse procedimento clínico é eficiente, porém, só pode ser usado por quem tem condições de se dar ao luxo dos seus custos. Acredito mais quando a pessoa faz uma reflexão, verifica as contas dos “lucros e perdas” da relação, depois se olha no espelho e vê a figura patética de palhaço que está fazendo perante si próprio, seus amigos, familiares e a sociedade em que vive!

Tenho certeza absoluta, que se essa simples operação for repetida algumas vezes, muitas lágrimas brotarão dos seus olhos, como um sinal de arrependimento por ter se submetido a uma situação humilhante e grotesca, que não está lhe levando a lugar algum. Ou melhor, está lhe levando ao fundo do poço!

Jamais devemos esquecer que a vida é uma projeção de coisas belas, e os artistas principais somos nós. Todos os outros são meramente coadjuvantes, que estão ao nosso lado para nos dar felicidade e receber. Mas, se não estão seguindo o roteiro do nosso filme, devem ser substituídos por outros que se adapte melhor ao enredo!

Gostar de todos é o ideal. Mas, amar e dedicar-se, somente com quem responde com a mesma moeda. Com esse pensamento sempre firme em nossa mente, seremos olhados com respeito, dignidade e admiração. Proceder e fazer papel de capacho, todos se divertirão nos pisando e impregnando com suas sujeiras!

A vida é louca, mas, temos que ter juízo, bom senso e amor próprio, para poder administra-la e ser feliz!

Jamais devemos esquecer um provérbio oriental que diz: “Quando alguém que tínhamos vai embora e não retorna, é sinal que nunca tivemos esse alguém!”

*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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