terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O RAPTO NO BLACKOUT!

 

Antonio Nunes de Souza*

Acabei de sair do shopping, onde fui comprar umas perfumarias. Final da tarde de inverno com o sol já desaparecido no horizonte, me dirigi ao estacionamento para pegar o carro e, quando ia entrando, faltou energia, provocando uma enorme escuridão, assustando-me bastante. Mas, como já estava junto ao meu carro fiquei despreocupada e demorei alguns minutos fora esperando que a luz voltasse. Aí, tão repentinamente como o blackout, surgiu por traz de mim uma pessoa, que sussurrando que tinha uma arma, e encostou-a em minhas costas, ordenando que eu ficasse calada, quieta e sem demonstrar nenhuma reação. Mesmo em pânico e com medo, resolvi obedecer sem ao menos me virar para ver quem estava me ameaçando. A pessoa estirou a mão e pegou as chaves do carro, mandou que eu entrasse e fosse para o banco do carona, em seguida sentou-se ao volante, e até aquela hora eu não tinha visto como era o bandido, pois a escuridão era terrível. Porém, quando foi ligado o carro e acesos os faróis, tomei um puto susto, pois, meu raptor era uma bonita mulher. Mas, como ela trazia na mão um revólver, não tentei esboçar nenhum movimento suspeito com receio de ser alvejada. Propus entregar dinheiro, joias, cartões e ela me deixasse ir embora, mas, curiosamente, ela mandou eu calar a boca. Estava super tensa e estranhando a calma dela, dirigindo com desenvoltura no trânsito horrível daquela hora. De repente, muito mais que de repente, ela entrou em um Motel de categoria superior, pediu um apartamento de luxo e seguiu para o número indicado!

Veio logo em minha cabeça, que tratava-se de um homem travestido de mulher que, absurdamente, iria me estuprar sem dó nem piedade. E claro que comecei a tremer, pedir pelo amor de Deus que me deixasse ir embora, que ela podia ficar com o carro, etc., mas, tranquilamente, ela sem largar a arma um minuto, pegou em meu braço, me puxou para fora pelo lado do motorista, talvez não querendo que eu saísse pelo outro lado e fugisse, e nos dirigimos para o quarto. Lá chegando, ela mandou que eu me despisse imediatamente. Eu tremia terrivelmente com medo desse bandido que vestido de mulher ataca mulheres indefesas. Porém, não podia de forma alguma desobedece-lo, preocupada que ele nervoso atirasse em mim. Já completamente nua e cheia de vergonha e medo, deitei-me na cama me cobrindo com um lençol, ao mesmo tempo implorando que nada fizesse comigo!

Aí vocês vão cair para traz! A pessoa começou a tirar a roupa e de queixo caído, vi que realmente era uma mulher com um corpo belíssimo, umas pernas lindas, uns seios empinadinhos e uma bundinha bem torneada. Me aliviei, pois, pelo menos não sofreria muitas penetrações a contragosto e nem ficaria com traumas posteriores!

Abreviando, o fato foi que ela deitou-se ao meu lado, eu já mais tranquila e calma, pois, o perigo já não era tão grande, como também estaria naquele momento, tendo uma experiência inédita em minha vida!

No começo eu estava super tímida, mas, com o decorrer das carícias e beijos a coisa foi ficando deliciosa, ela me fez sexo oral que me deixou enlouquecida, que tive logo vontade de fazer o mesmo com ela, rolamos por cima e por baixo, beijos molhados e babados, orgasmos em profusão que, sinceramente, nunca tinha sentido nas minhas experiências com rapazes durante toda minha vida!

Terminamos, tomamos um bom banho as duas juntas uma ensaboando a outra, ela, sapeca que era, ainda me masturbou embaixo do chuveiro quentinho, que quase caio sentada no chão do box!

Nos vestimos, pegamos o carro, ela pagou o motel, eu já dirigindo, vi que a arma era de brinquedo. Andamos alguns quilômetros ela pediu que parasse, me deu um grande beijo, fecho a porta do carro e sumiu!

Uma aventura incrível e cinematográfica ou novelesca, nem fiquei sabendo o seu nome, nunca mais nos vimos, nunca contei a ninguém essa história, estou casada há cinco anos, mas, toda vez que vou ao shopping, procuro ir sempre ao cair da tarde e, juro por Deus, adoraria encontra-me com ela outra vez!

*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

 

  

 

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