Barcelona, vinte e duas horas, estou na Praça Catalunha, entrando na deslumbrante Avenida La Rambla a mais movimentada da cidade, indo de táxi para uma casa de espetáculo, afim de ver uma apresentação de dança flamenca, com o famoso e monumental bailarino espanhol Antonio Gades!
Embora sozinho, do hotel tive a preocupação de fazer uma reserva no dia anterior, uma vez que trata-se de um espetáculo sensacional de cunho mundial, já que esse bailarino é considerado o mago no tablado na dança espanhola!
Cheguei, me apresentei na recepção, uma bonita mulher me levou para a mesa reservada numa posição privilegiada, acomodei-me e olhei que a casa estava lotada de turistas e nativos, já que se tratava-se de algo especial. O maitre veio a mesa com o cardápio, pedi que ele sugerisse um vinho de qualidade e trouxesse, juntamente com uma porção de queijos Roquefort, Camembert e Provolone!
Antes que chegasse o vinho, aparece a moça que me recebeu, e, educadamente, fala que três franceses estavam querendo loucamente ver o espetáculo, e infelizmente, a lotação estava esgotada, somente a minha mesa é que estava com uma pessoa, se eu permitiria que eles se acomodassem comigo. Pensei, achei que poderiam perturbar minha tranquilidade, mas, como cavalheiro e a maneira meiga que ela me solicitou, assenti colocando-me as ordens. Ela retirou e, quase imediatamente, retornou com um casal de meia idade e uma moça linda, e tão alvinha que parecia uma boneca de porcelana!
Nos cumprimentamos, recebi os “Merci Beaucoup”, e ao mesmo tempo chegava o garçom com a bebida e uma linda bandeja de queijos. Solicitei que viessem taças para meus inesperados acompanhantes e sem cerimônias, brindamos e começamos a degustar os saborosos petiscos!
Nisso surge no palco um homem anunciando o início do esperado espetáculo. Nós conversávamos com palavras e gestos, pois, meu francês é péssimo, porém, eles falavam um pouco de espanhol e isso facilitava nosso entrosamento!
Começou o show com a entrada de uma linda espanhola, dançando e tocando castanholas, sapateando numa cadência impecável dos acordes de Paco de Lucia, que é o supra sumo da guitarra flamenca. E como um passe de mágica surge Antonio Gades com seu corpo de toureiro e um porte miraculoso, como se estivesse deslizando no palco começa a dançar com uma deslumbrante performance, que quem teve oportunidade de vê-lo jamais esquecerá. A plateia aplaudia de pé numa euforia, que nunca tinha visto em um espetáculo de dança. Mas, era mais que merecido, pois, o casal era impecável na arte que se dedicaram!
Pedimos mais vinhos, outras iguarias, a apresentação depois de uma hora foi encerrada e, um bom conjunto começou a tocar e todos se dirigiram a pista de dança. O casal foi para o salão e Alinne me convidou para dançar também. Como já estávamos bem animados com as bebidas, Alinne me apertou e colou seu rosto e corpo em mim, demonstrando uma liberalidade. Claro e lógico que respondi a altura, demonstrando para ela que estava excitado. Mas, tranquilamente, ela aceitava com meiguice o volume em suas pernas que, propositadamente ou não, não descolava um segundo do meu corpo. Como bom latino americano, comecei a beijar o seu rosto na penumbra do ambiente, e ela sem idiota pudismo, virou-se e beijou minha boca de um a maneira tão doce e sensual, que me fez pretender algo mais!
Ao voltarmos para mesa, seus pais já sentados, falaram que desejavam ir para o hotel descansar, pois, cedo iriam fazer um passeio turístico. Alinne falou que eles poderiam ir que ela ficaria mais algum tempo, e que quando eu fosse lhe deixaria no hotel. E quando ele falou o nome, incrivelmente, estávamos hospedados no mesmo local. Ficando mais fácil e tranquilo para o casal, pois, perceberam que eu, embora jovem com meus trinta dois anos, trata-se de alguém confiável!
Continuamos dançando, as intimidades foram se ampliando, mais beijos e abraços, além de alguns alisamentos carinhosos, resultando que ao sair o maitre disse que a conta estava paga pelo casal, apenas faltando uma última garrafa de vinho que pedimos depois. Paguei e tomamos um táxi, fomos para o hotel e, como era de se esperar, Alinne foi para meu quarto, passamos uma noite com muito sexo, onde ela me ensinava as posições francesas e, em contra partida, eu ensinava a ela as brasileiras. Ela acatava tudo com prazer, até a relação anal que é de preferência tupiniquim, ela achou deliciosa, mexendo gostosamente sem deixar sair, como as desajeitadas deixam acontecer!
As sete da manhã Alinne levantou-se e foi para seu quarto, dizendo-me que não iria ao passeio com os pais, alegando algum mal estar, afim de descansar da deliciosa noitada de show, danças e libidinagens!
Como estava a trabalho na Espanha, meu voo já estava programado para as dez da manhã para o Rio de Janeiro. Voltei sem ver novamente Alinne, pois, ela dormia quando saí, mas, jamais esquecerei da minha preciosa noite em Barcelona com Antonio Gades, Paco de Lucia e minha adorável e deliciosa Alinne!
Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – Agral – antoniodaagral26@hotmail.com
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