Antonio Nunes de Souza*
Seguramente, por mais que queiramos ser crentes em algo, ou alguma coisa, desde criança vivemos cheios de dúvidas, em função das diversidades de preferências que nos são impostas, cada um louvando sua escolha e, logicamente, procurando impor, ou divulgar seu líder, ou talvez até um soberano dos soberanos!
Na nossa infância, pela inocência e pureza, somos impingidos a acreditar nos pais, nos mais velhos, nos professores e até nos amigos que nos trazem informações passadas pelos seus familiares. Isso nos davam conflitos de temas, algumas questões diversificadas, porém, no geral sempre três são as mais preferenciais, dominando com vantagem todas as outras existentes: “Deus, Dinheiro e Poder!”
O primeiro é o recordista, pois, categoricamente, está na mente de bilhões de pessoas no mundo, predominando sua maioria absoluta nas classes pobres, remediadas, puras, inocentes e desesperadas. Atingindo também a grande faixa de doentes que, esperançosamente, entregam suas curas, ditas incuráveis, a essa Divindade. Os privilegiados da classe média, média alta, rica e milionária, na sua acentuada maioria, usam muito mais essa divindade com uma série de expressões idiomáticas corriqueiras, que, espontaneamente, professam no dia a dia: “Deus me livre! - Deus me ajude! – Graças a Deus – Deus é quem sabe! – O futuro a Deus pertence!”, etc. Sendo que essa última, no seu íntimo ele sabe que quem resolve mesmo é o dinheiro, pois, esse é o rei terráqueo, já que não é abstrato, como o proclamado Espírito Santo!
Já que antecipei ser o dinheiro, o absoluto movedor de montanhas, quem teve a felicidade de ler O Capital de Karl Marx, certamente viu com clareza três das suas vertentes, comprovando essa triste veracidade, onde o vil metal, indubitavelmente, suplanta qualquer das maiores santidades entre os homens. O famigerado e terrível capitalismo selvagem que domina o mundo!
Deixei, propositadamente, o poder para fechar minha explanação, uma vez que ele vive atrelado fervorosamente ao dinheiro. Dificilmente consegue-se poder sem ser abastado financeiramente, com a exceção dos políticos emergentes que, seguramente, se tornam ricos e bastante poderosos. É, sem sobras de dúvidas, a profissão mais pecaminosas do mundo, uma vez que, reúne uma fatia substancial de mafiosos oportunistas que, normalmente, entram nela para se beneficiar!
Culpar o povo que os elegem, não é justo. Pois, a grande maioria dos eleitores são semi analfabetos, ou analfabetos, muitas mulheres que votam porque os candidatos são bonitos, montanhas de promessas e mentiras nas mídias enganando os tolos, conchavos com as velhas raposas políticas já sedimentadas nas anteriores eleições, e outras coisas vergonhosamente por demais conhecidas!
Assim sendo, com tristeza temos que reconhecer, que vivemos cheios de dúvidas em quem devemos acreditar de verdade, já que a vida nos mostra claramente, que Deus é a muleta poderosa do povo humilde, a cadeira de rodas dos privilegiados, e Salvador dos puros, inocentes, esperançosos e acomodados!
Com essa modesta síntese, deixo no ar uma dúvida atroz com relação as nossas crenças hipotéticas, abstratas e concretas, não querendo ser um descrente radical das apologias humanas!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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