domingo, 30 de janeiro de 2022

A SEXUALIDADE DAS ÁGUAS!

 

Antonio Nunes de Souza*

Passados quase quinze anos, estou eu em Itaparica, veraneando com meu marido e filhos e, olhando para a piscina, comecei a rememorar como conheci meu querido Rommel e como começou o nosso romance!

Na época, com meus vinte e dois anos, acabando de chegar a uma idade que poderia dizer que era, realmente, uma mulher, ganhei em um sorteio de um Supermercado, uma semana de férias em Ilhéus com tudo pago, hotel cinco estrelas, viagem aérea, refeições, eventos sociais, shows, além de um carro com motorista para me transportar nas minhas saídas para desfrutar dessas delícias!

Infelizmente, não dava direito a companhia, pois, se assim fosse, teria levado a minha irmã comigo!

Mas, mesmo sendo uma moça tímida e não acostumada com tamanha mordomia, não quis perder a oportunidade de desfrutar de momentos maravilhosos e inesquecíveis que, com certeza, jamais esqueci e relembro com muito prazer, como vou fazer agora: Rommel, advogado de uma grande empresa advocatícia em Salvador, estava a serviço e, por coincidência, hospedado no mesmo hotel que eu fui agraciada com a premiação. E, logo no meu primeiro jantar, chegamos juntos no restaurante, havia apenas uma mesa livre, ele olhou e foi rapidamente se acomodar, eu fui também na mesma direção, mas, ele chegou primeiro e sentou-se. Eu fiquei parada na frente sem saber o que fazer. Aí ele gentilmente falou que se eu não me incomodasse, poderia sentar também. Para mim era indiferente, apenas aumentaria minha inibição, pela falta de hábito a tais gentilezas de estranhos!

Me acomodei e nos apresentamos, trocamos aqueles sorrisos sem graças, e somente depois disso, observei que tratava-se de um homem bonito, jovem e sem aliança nas mãos!

Começamos a conversar, inicialmente com cautela, mas, com sua simpatia, terminou me fazendo contar porque estava ali e como, e que estudava arquitetura, já estando no quarto semestre. A conversa foi tão deliciosa, quanto a refeição sugerida pelo maitre do maravilhoso e internacional hotel!

Já na sobremesa, riamos e brincávamos como se fossemos amigos de longos tempos!

No dia seguinte, sábado, ele estaria de folga e convidou-me para ir a praia, que logicamente aceitei, não só por ter sido ele, como também quando se está só em um ambiente estranho, ficamos meio perdidos. Principalmente sendo mulher!

Na praia, tomamos umas cervejas, comemos caranguejos, ostras, camarões secos, queijo coalho assado na brasa, todas as gulodices que tinha na grande barraca que nos abrigava, numa praia denominada de Milionários. A essa altura já corríamos para as águas de mãos dadas ou abraçados e, nos mergulhos, não deixávamos de nos esfregar um ao outro, provocando-lhe uma excitação tamanha, que eu sentia seu membro latejar em minhas coxas e bunda, logicamente, me provocando desejos da mesma forma. Não digo que me “molhei” toda, pois, já estava dentro d’água e seria um pleonasmo!

Por pouco não chegamos aos extremos, mas, desejos não faltaram, com o balançar das ondas e nossas pernas entrelaçadas embaixo d’água!

Voltamos para o hotel as 14 horas, e ficamos de descansar até as 18 horas, e depois iríamos tomar um bom banho na enorme piscina e jantar!

E foi o que fizemos. Acordei, tomei um gostoso banho para me despertar mais, vesti um vestidinho curto e provocante, por cima do minúsculo biquíni, logicamente, querendo seduzir mais ainda, meu já querido e desejado Rommel!

Ele todo barbeado, cheiroso usando Kouros, e com uma sunga sumária, talvez com a mesma intenção minha. Parece que estávamos, juntando a “fome com a vontade de comer”!

Trocamos beijinhos, nos abraçamos e sentamos em uma mesa discreta e distante um pouco dos raros hóspedes que tomavam banho, já que não estava no “pico” das férias. Ele falou que gostava muito de pescar e jogar pôquer com os amigos, e muito romântico, pediu uma champanhe para brindar a nossa nova e boa amizade. Fiquei logo muito fascinado por ele, pois, para mim, esses tratamentos gentis, juntamente com as mordomias do hotel, representavam uma situação, que com certeza, nunca pensei de viver tão cedo. Ou até mesmo algum dia viver!

Depois de algumas taças, caímos na água, já praticamente sozinhos e, não deu outra: começamos a nos desnudar e sem nenhuma palavra, fomos nos atracando sexualmente, sentindo eu, prazerosamente, sua gostosa penetração aquática, que me levou ao delírio, fazendo-me gozar quase que imediatamente, já que o balançar das águas, substituía a necessidade do “vai e vem” dos nossos corpos. Rommel, com seu membro latejando dentro de mim, única coisa que, incrivelmente, veio a minha mente foi: agradecer ao meu supermercado querido!

Sem mais nenhuma timidez, mergulhei e peguei o sei membro abocanhando com tanta gulodice, que quase me engasguei, mas, meu desejo era vê-lo feliz, gozando novamente. Porém, lentamente ele me virou, abriu as minhas pernas, começou a penetrar em minha bundinha que, com as águas ajudando, seu membro ia entrando todo sem que eu nem sentisse alguma dor! Ao contrário, pois, dava-me um prazer novo e desconhecido, ainda mais de ver em seus olhos a satisfação de estar, praticamente, gozando pela segunda vez dentro de mim!

Depois de mais de uma série de sacanagens, carícias, beijos e afetos, saciados e cansados, saímos da água e nos enxugamos com as toalhas. Tomamos mais uma taça de champanhe, desta feita para selar nossa amizade e, tocando a campainha, chamamos o garçom para que servisse o nosso jantar ali mesmo no deck da piscina, protegidos por um grande sombreiro!

Não faz necessário dizer que, durante toda minha semana, dávamos nossas transadas aquáticas e deliciosas, quando Rommel chegava do trabalho ao entardecer, e firmamos um namoro sólido quando voltamos para Salvador. Pois, hoje somos casados, temos dois filhos lindos, e na piscina da nossa casa, sempre a noite quando as crianças já estão dormindo, descemos os dois e sem pestanejar, recordamos aqueles momentos com doçura, carinhos e orgasmos múltiplos!

Vale a pena dizer que, até hoje, sou uma cliente assídua do meu querido Supermercado Bom Preço. Pode parecer mentira, mas, quando entro no mercado me lembro de tudo isso e fico toda molhadinha!

*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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