sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A BONDADE, O PECADO E A PUNIÇÃO!

 

Antonio Nunes de Souza*

Essa trilogia é, categoricamente, o tripé universal da humanidade, desde os tempos primórdios. Em princípio com gesticulações e força, posteriormente, com a criação da escrita, nasceram as determinações do poder!

Temos milhares de vertentes religiosas que, curiosamente, todas elas tem seu ídolo maior, representados por imagens, símbolos, astros siderais, profetas, filósofos, mártires, etc., sendo que, para todos eles, o seu idolatrado “Deus” é o mais importante de todos. Coincidentemente, em muitas delas, por terem nascidas por divergências de ideias, seguem linhas parecidas e idolatria similar!

Contudo, todas elas (podendo ter mínimas exceções, que até desconheço), seguem rigorosamente essa trilogia: “Bondade, Pecado e Punição”!

A “Bondade” que nasceu com o aparecimento do racional ser humano, animal supostamente criado por uma divindade que, logicamente (sem usar de ideias fantásticas e fantasiosas), foi o próprio homem que na sua fértil imaginação, criou a divindade para justificar o injustificável. Evidentemente, a ciência estuda há séculos a origem da terra e do homem e, em todas as fases de avanços, vamos nos distanciando da ideia da criação miraculosa do mundo e a inacreditável confecção do homem com barro e a da mulher com uma costela. Óbvio que parece ser uma história mais que infantil, criada pelos filósofos da época que, tranquilamente, ditavam suas vontades perante o povo, e escreveram uma série de livros, posteriormente, condensados em um, que hoje domina os menos avisados e cultos. Muitos até bastante cultos, porém, seres bastantes temerosos!

Assim sem, a divina “Bondade” representa a pureza, amor, carinho, solidariedade, justiça, fraternidade, salvação e o perdão. Consequentemente, Ela é a figura eternizada pelo homem como algo superior, com o nome de Deus!

Seu poder foi predeterminado que pode perdoar, acolher e oferecer a vida eterna. Isso baseando-se nas conjecturas dos profetas que escreveram os livros, sugerindo a humanidade, que apenas psicografaram as determinações de Deus. Com isso, com o passar do tempo, essa ideia enraizou-se de tal forma, que milhões de pessoas juram de pés juntos, que tudo escrito é uma grande verdade incontestável!

O abominável “Pecado” foi criado para sinalizar tudo que vinha de encontro as determinações da “Bondade”. E, para justificar a maldade humana, já que foi criada a “Bondade”, seria necessário também, algo que representasse dignamente a maledicência humana. E aí, ligeirinho criaram a figura do Satanás ou Demônio (cruz credo, mangalô três vezes). Ficando assim determinado, que tudo que acontece de bom é coisa de Deus e, consequentemente, tudo que acontece de mal é o Diabo! (Ele tem vários nomes).

A “Punição” por sua vez, paradoxalmente, coloca a “Bondade” como um carrasco que, veementemente, vai condenar todos os pecadores terráqueos, à pagar todos os seus “Pecados”, mandando alguns para um suposto purgatório e outros mais pejorativos para as imaginárias “quintas dos infernos”. Imagine vocês o disparate das pessoas em supor que, com certeza absoluta, uns vão desfrutar o paraíso, enquanto outros serão severizados barbaramente. Um pensamento mais novelesco que real e palpável!

O fato é que vivemos baseados nessas incríveis crenças, mesmo vendo claramente ser uma história, inclusive, com falta de imaginação criativa, no sentido de perpetuar algo com mais consistência. Uma prova que “Fake News” não foram criadas por Bolsonaro. Ele apenas pongou nesse gancho religioso e, incrivelmente, conseguiu enganar o povo e continuará enganando, no sentido de se reeleger!

Façam reflexões, pensem e cheguem a conclusões mais viáveis que essas ideias novelescas e românticas, impostas pelos mandantes daquela milenar época!

*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

 

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