Antonio Nunes de Souza*
Ônibus
velhos e quentes, sem conforto, com excesso de passageiros, preços caros para
as condições do povo, se arrastando pelas lentidões de um trânsito caótico e
mal organizado, circulam pela nossa cidade (e em outras também), cheios de
pessoas que vão para seus trabalhos e, muitos delas, bastante sofredoras pelas
debilitações dessa visível praga de viroses, nas suas dores, febres e
fragilizadas, dirigem-se aos hospitais, sendo que agora foi inaugurado um posto
de saúde bem maior e melhor estruturado, numa avenida central da cidade,
especificamente para os atendimentos emergenciais dessas doenças!
Essa
cena, vista cotidianamente, representa as incompetências humanas em não se
dedicar a serem honestos e qualificados, fazendo com que as coisas funcionem de
maneiras mais normais, merecedoras e eficientes, ou sejam, humanitárias, como
devem ser!
Tristemente,
quando passamos pelo novo posto de saúde, específico para atendimentos contra
as ações do Aedes Aegypti, temos o desprazer de ver completamente abarrotado de
pessoas debilitadas, à espera de um atendimento, que, infelizmente, somente
pode fazer é dar um remédio como um paliativo, conselhos e mandar para suas
casas, descansar nos aconchegos dos seus familiares, já que não se tem
disponibilidades hospitalares para esse necessário fim! Aí, com dores e
preocupações, voltam esses “passageiros da agonia”, enfrentando, novamente, o
mesmo tormento da sua vinda, levando ainda na mente a preocupação com seus
trabalhos, principalmente os autônomos e informais, que precisam da luta do dia
a dia para o sustento familiar!
Estamos,
inegavelmente, passando por uma situação que, os mais ousados como eu,
acreditam que é o começo de uma transição de vida na terra, ensinando aos
homens, lições caríssimas, porém com resultados futuros benéficos, que, para
que tenhamos paz, tranquilidade, condições ideais de vida, equilíbrio, social,
temos que cuidar bem da terra que é, clara e obviamente, a nossa acolhedora
casa!
Não
sei se sou um tolo sonhador, ou um lutador guerreiro de um micro exército, que
pensa além do horizonte, procurando modificar um comportamental instituído há
muitos e muitos anos, praticamente perpetuado como algo normal e comum!
Mas,
com todas essas dúvidas, creio que minhas opiniões são sensatas, solidárias e
benéficas para todos!
Lamento
muito pelos homens, pela terra e pelos sofredores “PASSAGEIROS DA AGONIA!”
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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