Fiz tudo que tinha direito!
Antonio
Nunes de Souza*
Não
estou exagerando absolutamente nada! Fiz tudo que era possível, mais algumas
coisas e, sem nenhuma dúvida, foram momentos dos mais felizes da minha vida!
Nesses
dias de carnaval comportei-me como se fosse os últimos dias de minha vida. Ou
melhor, sempre imagino que qualquer dia pode ser o último. Então...nunca fico
deixando as coisas para depois, pois, se esse depois não vier, ficarei
arrasado, puto, arrependido e, se for caso de morte repentina, aí que que
estou, literalmente, fodido! Ou quem sabe, até numa boa, mas, ninguém veio para
contar e é um sinal que esse mistério não é boa coisa. Prefiro ficar aqui na
dúvida, que ir ao encontro do desconhecido!
Comecei
minha caminhada carnavalesca já na quarta feira-feira no Campo Grande,
acompanhando o Bloco tradicional de marcha rancho que antes era somente de
coroas, mas, hoje, graças a Deus, está infestado de mulheres jovens e
sedutoras, que preferem um ambiente mais sadio e tranquilo, podendo fazer suas
“sacanagens” com mais segurança e com pessoas melhores qualificadas e de bom
gosto. Eu sou exatamente isso, além de adorar um bom agarramento, ser bem
apresentável, nem pareço que tenho cinquenta anos, sou divorciado sem filhos,
além de ter meu apartamento, independente e ter o meu carro. Esses predicados
agradam qualquer xoxota! Sou, inegavelmente, o protótipo da boa isca para
pescar mulher!
Conheci
Tânia uma mulata tesuda, professora de filosofia, uns trinta e dois anos, nunca
casada, mas, com boa experiência em camas. Dançamos, requebramos, bebemos,
beijamos muito e, como era de se esperar, terminamos em meu apartamento
transando até o dia amanhecer. Como diria Caetano Veloso se lá estivesse: Um
“fodaço”! Acordamos, tomamos um banho refrescante, ela improvisou um café da
manhã com as coisas que tinham na geladeira, tomamos, sendo que apressou-se
para ir embora, já que morava com os pais e não queria preocupa-los, muito
embora, na noite anterior, ele ligou dizendo onde estaria!
Tirei
mais um cochilo e, as 14 horas saí para ir à praia e almoçar por lá, pois me
deu vontade de comer uma moqueca de peixe com molho de camarão. Fui para Piatã,
ao parar estava em frente a um famoso restaurante de comida baiana.
Então...resolvi comer logo e fazer a digestão deitado em uma toalha na praia,
tomando um sol ameno de início de fim de tarde!
Como
Deus é meu grande amigo, sempre está me ajudando, quando estava na praia,
aparece do meu lado uma mulher tesudíssima, colocou uma toalha perto de mim,
porém com uma cara preocupada, que vim saber a razão depois. Ela me olhou
firmemente e deve ter percebido que tratava-se de alguém que não lhe constituía
perigo Como é bom ter cara de gente boa, pois, ajuda muito nos dias perigosos
de hoje! Fui dar um mergulho e, gentilmente, pedi a ela que olhasse minhas
coisas na praia, enquanto eu estivesse na água. Ela aceitou, fui, não demorei
e, na volta, agradeci apresentando-me: Obrigado. Meu nome é Marcos e sou
dentista especializado em implante e ortopedia em geral!
-Meu
nome é Maria Carmem, médica especialidade em clínica geral.
-Como
sou super brincalhão e aproveito as “deixas” para ver as reações, disse:
Bacana! Você cuida do meu corpo para ficar bem saudável e eu cuido do seu
sorriso lindo e cheio de felicidades!
-Já
percebi que você tem bom humor e isso é um ponto positivo nas pessoas. Mas,
quem sabe, poderemos fazer esse trato! Rs rs rs
-Notei
que você era uma pessoa do bem e por essa razão vim me acomodar perto, pois
combinei com uma amiga aqui e, não sei porque, ela até agora não apareceu e seu
celular está dando fora de área! Você está esperando alguém?
-Não.
Vim sozinho para descansar da noite de ontem e, como Deus é cheio de bondade,
encontrei você! Rs rs rs
Ela
deu um sorriso bonito e perfeito (coisa que entendo muito), agradeceu minha
observação, ao mesmo tempo que agradecia ter encontrado alguém legal para que
não tivesse de ficar sozinha, e amedrontada com os “ratos e bandidos” de praia!
Depois
desse pequeno, porém, esclarecedor diálogo, ficamos mais a vontade, bebemos uma
água de coco e estendemos nossas conversas, passando a nos conhecer melhor,
onde e em que bairro morávamos, experiências de vida, ela era jovem e nunca
tinha casado, etc., nisso já era dezessete horas, a amiga não chegava, celular
não atendia e vi uma certa preocupação em seu rosto. Então ela disse-me que não
tinha vindo de carro para não trazer dois carros sem necessidade e a amiga era
que vinha no carro dela. Imediatamente procurei tranquiliza-la dizendo que a
levaria com todo prazer, inclusive morávamos perto (barra e barra avenida). Ela
aceitou, senti seu alivio, levantamos e seguimos para meu carro. Coloquei uma
música MPB de qualidade, liguei o ar e, sem a menor cerimônia, lhe dei um
beijinho no rosto, dizendo que era para selar nossa nova amizade. E, sem
esperar, recebi dela uma bitoca que me deixou excitado. Fomos conversando, já
de mãos dadas, sabendo eu que esse encontro me daria bons frutos. Nisso a amiga
ligou, deu umas desculpas e falou que a noite conversaria melhor. Ela com uns
poucos amigos tinham reservado um camarote e, como dava direito a acompanhante,
convidou-me. Aceitei de imediato e combinamos que apanharia ela as vinte e duas
e trinta, e que iríamos de taxi, pois, depois de beber e com o trânsito
engarrafado seria uma maratona nossa voltar. Tudo acertado, trocamos beijinhos
e segui para casa feliz da vida, pois, como sempre digo, Deus sempre me
favorece!
Peguei
Maria Carmem, que todos chamavam de Carminha, conheci os oito amigos dela,
inclusive a amiga que não foi a praia, todos pessoas com boas formações,
educados, jovens de trinta a quarenta anos. Um ambiente bonito e sadio. O
camarote era uma sala da frente de um apartamento, logo depois do Edifício
Oceania, com uns trinta metros quadrados e uma enorme varanda de frente para farol,
onde podia-se ver a saída e a passagem de todos os blocos. Até nisso dei uma
puta sorte e não me custou porra nenhuma, já que as despesas já tinha sido
dividida, inclusive, comidas e bebidas, e Carminha não deixou que eu pagasse
nada. Com essa situação que estamos você encontrar: casa, comida, roupa lavada
e xoxota de graça, somente os poucos privilegiados conseguem! Rs rs rs
Nos
esfregamos a noite toda, bebemos e comemos do melhor e, as quatro horas da
madrugada, eu e Carminha resolvemos voltar, pois, além do avançado da hora,
estávamos com uma tesão retada, doidos para fazer a parte mais deliciosa do
carnaval: transar gostoso sem proibições e nem tolices de “isso não pode!”
Finalmente,
fomos para meu apartamento, fizemos tudo que tínhamos direito e mais algumas
coisas, ficamos juntos a semana toda, ela sendo minha hóspede, indo em casa
apenas para apanhar roupas, pela tesão que sentíamos um pelo outro, não havia
hora ou local do apartamento que não ficássemos nus e fazíamos todas as
sacanagens permitidas e proibidas pelos pudicos. Uma verdadeira maravilha que, até
coisa que nunca tinha feito, dormir de pau dentro, não sair durante a noite e,
na manhã seguinte, aproveitar a tesão de mijo e dar uma bem dada ao raiar do
dia! Carminha, talvez por ser médica, sabia controlar a xoxota e segurar a rola
dentro e aconchegada!
Na
quarta feira ela acordou antes de mim, foi pra casa para se arrumar pra
trabalhar num plantão a tarde, deixando um bilhete em meus criado mudo: Meu
amor, a noite vá me buscar para irmos jantar e acabar de selar nossa amizade!
Beijos, sua Carmem.
Saímos,
jantamos e, vocês pensam que fomos logo dormir, nada, passamos em meu
apartamentos, transamos gostoso e na manhã de hoje, quinta-feira, saímos ambos,
cedo para nossos consultórios. Eu acho que esse encontro praiano, vai ser
marcante e demorado pelo resto da vida, pois, Carminha é um a mulher muito
especial!
*Escritor,
- Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com,
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