quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Fiz tudo que tinha direito!

Fiz tudo que tinha direito!

Antonio Nunes de Souza*

Não estou exagerando absolutamente nada! Fiz tudo que era possível, mais algumas coisas e, sem nenhuma dúvida, foram momentos dos mais felizes da minha vida!
Nesses dias de carnaval comportei-me como se fosse os últimos dias de minha vida. Ou melhor, sempre imagino que qualquer dia pode ser o último. Então...nunca fico deixando as coisas para depois, pois, se esse depois não vier, ficarei arrasado, puto, arrependido e, se for caso de morte repentina, aí que que estou, literalmente, fodido! Ou quem sabe, até numa boa, mas, ninguém veio para contar e é um sinal que esse mistério não é boa coisa. Prefiro ficar aqui na dúvida, que ir ao encontro do desconhecido!
Comecei minha caminhada carnavalesca já na quarta feira-feira no Campo Grande, acompanhando o Bloco tradicional de marcha rancho que antes era somente de coroas, mas, hoje, graças a Deus, está infestado de mulheres jovens e sedutoras, que preferem um ambiente mais sadio e tranquilo, podendo fazer suas “sacanagens” com mais segurança e com pessoas melhores qualificadas e de bom gosto. Eu sou exatamente isso, além de adorar um bom agarramento, ser bem apresentável, nem pareço que tenho cinquenta anos, sou divorciado sem filhos, além de ter meu apartamento, independente e ter o meu carro. Esses predicados agradam qualquer xoxota! Sou, inegavelmente, o protótipo da boa isca para pescar mulher!
Conheci Tânia uma mulata tesuda, professora de filosofia, uns trinta e dois anos, nunca casada, mas, com boa experiência em camas. Dançamos, requebramos, bebemos, beijamos muito e, como era de se esperar, terminamos em meu apartamento transando até o dia amanhecer. Como diria Caetano Veloso se lá estivesse: Um “fodaço”! Acordamos, tomamos um banho refrescante, ela improvisou um café da manhã com as coisas que tinham na geladeira, tomamos, sendo que apressou-se para ir embora, já que morava com os pais e não queria preocupa-los, muito embora, na noite anterior, ele ligou dizendo onde estaria!
Tirei mais um cochilo e, as 14 horas saí para ir à praia e almoçar por lá, pois me deu vontade de comer uma moqueca de peixe com molho de camarão. Fui para Piatã, ao parar estava em frente a um famoso restaurante de comida baiana. Então...resolvi comer logo e fazer a digestão deitado em uma toalha na praia, tomando um sol ameno de início de fim de tarde!
Como Deus é meu grande amigo, sempre está me ajudando, quando estava na praia, aparece do meu lado uma mulher tesudíssima, colocou uma toalha perto de mim, porém com uma cara preocupada, que vim saber a razão depois. Ela me olhou firmemente e deve ter percebido que tratava-se de alguém que não lhe constituía perigo Como é bom ter cara de gente boa, pois, ajuda muito nos dias perigosos de hoje! Fui dar um mergulho e, gentilmente, pedi a ela que olhasse minhas coisas na praia, enquanto eu estivesse na água. Ela aceitou, fui, não demorei e, na volta, agradeci apresentando-me: Obrigado. Meu nome é Marcos e sou dentista especializado em implante e ortopedia em geral!
-Meu nome é Maria Carmem, médica especialidade em clínica geral.
-Como sou super brincalhão e aproveito as “deixas” para ver as reações, disse: Bacana! Você cuida do meu corpo para ficar bem saudável e eu cuido do seu sorriso lindo e cheio de felicidades!
-Já percebi que você tem bom humor e isso é um ponto positivo nas pessoas. Mas, quem sabe, poderemos fazer esse trato! Rs rs rs
-Notei que você era uma pessoa do bem e por essa razão vim me acomodar perto, pois combinei com uma amiga aqui e, não sei porque, ela até agora não apareceu e seu celular está dando fora de área! Você está esperando alguém?
-Não. Vim sozinho para descansar da noite de ontem e, como Deus é cheio de bondade, encontrei você! Rs rs rs
Ela deu um sorriso bonito e perfeito (coisa que entendo muito), agradeceu minha observação, ao mesmo tempo que agradecia ter encontrado alguém legal para que não tivesse de ficar sozinha, e amedrontada com os “ratos e bandidos” de praia!
Depois desse pequeno, porém, esclarecedor diálogo, ficamos mais a vontade, bebemos uma água de coco e estendemos nossas conversas, passando a nos conhecer melhor, onde e em que bairro morávamos, experiências de vida, ela era jovem e nunca tinha casado, etc., nisso já era dezessete horas, a amiga não chegava, celular não atendia e vi uma certa preocupação em seu rosto. Então ela disse-me que não tinha vindo de carro para não trazer dois carros sem necessidade e a amiga era que vinha no carro dela. Imediatamente procurei tranquiliza-la dizendo que a levaria com todo prazer, inclusive morávamos perto (barra e barra avenida). Ela aceitou, senti seu alivio, levantamos e seguimos para meu carro. Coloquei uma música MPB de qualidade, liguei o ar e, sem a menor cerimônia, lhe dei um beijinho no rosto, dizendo que era para selar nossa nova amizade. E, sem esperar, recebi dela uma bitoca que me deixou excitado. Fomos conversando, já de mãos dadas, sabendo eu que esse encontro me daria bons frutos. Nisso a amiga ligou, deu umas desculpas e falou que a noite conversaria melhor. Ela com uns poucos amigos tinham reservado um camarote e, como dava direito a acompanhante, convidou-me. Aceitei de imediato e combinamos que apanharia ela as vinte e duas e trinta, e que iríamos de taxi, pois, depois de beber e com o trânsito engarrafado seria uma maratona nossa voltar. Tudo acertado, trocamos beijinhos e segui para casa feliz da vida, pois, como sempre digo, Deus sempre me favorece!
Peguei Maria Carmem, que todos chamavam de Carminha, conheci os oito amigos dela, inclusive a amiga que não foi a praia, todos pessoas com boas formações, educados, jovens de trinta a quarenta anos. Um ambiente bonito e sadio. O camarote era uma sala da frente de um apartamento, logo depois do Edifício Oceania, com uns trinta metros quadrados e uma enorme varanda de frente para farol, onde podia-se ver a saída e a passagem de todos os blocos. Até nisso dei uma puta sorte e não me custou porra nenhuma, já que as despesas já tinha sido dividida, inclusive, comidas e bebidas, e Carminha não deixou que eu pagasse nada. Com essa situação que estamos você encontrar: casa, comida, roupa lavada e xoxota de graça, somente os poucos privilegiados conseguem! Rs rs rs
Nos esfregamos a noite toda, bebemos e comemos do melhor e, as quatro horas da madrugada, eu e Carminha resolvemos voltar, pois, além do avançado da hora, estávamos com uma tesão retada, doidos para fazer a parte mais deliciosa do carnaval: transar gostoso sem proibições e nem tolices de “isso não pode!”
Finalmente, fomos para meu apartamento, fizemos tudo que tínhamos direito e mais algumas coisas, ficamos juntos a semana toda, ela sendo minha hóspede, indo em casa apenas para apanhar roupas, pela tesão que sentíamos um pelo outro, não havia hora ou local do apartamento que não ficássemos nus e fazíamos todas as sacanagens permitidas e proibidas pelos pudicos. Uma verdadeira maravilha que, até coisa que nunca tinha feito, dormir de pau dentro, não sair durante a noite e, na manhã seguinte, aproveitar a tesão de mijo e dar uma bem dada ao raiar do dia! Carminha, talvez por ser médica, sabia controlar a xoxota e segurar a rola dentro e aconchegada!
Na quarta feira ela acordou antes de mim, foi pra casa para se arrumar pra trabalhar num plantão a tarde, deixando um bilhete em meus criado mudo: Meu amor, a noite vá me buscar para irmos jantar e acabar de selar nossa amizade! Beijos, sua Carmem.
Saímos, jantamos e, vocês pensam que fomos logo dormir, nada, passamos em meu apartamentos, transamos gostoso e na manhã de hoje, quinta-feira, saímos ambos, cedo para nossos consultórios. Eu acho que esse encontro praiano, vai ser marcante e demorado pelo resto da vida, pois, Carminha é um a mulher muito especial!

*Escritor, - Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com,

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