segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O pastor Alemão!

Antonio Nunes de Souza*

Pelo título imagina-se que vou tratar de um assunto canino, uma raça bonita e admirada mundialmente. Mas, na verdade, vou me ater a questões religiosas, onde, infelizmente, deparamos com um pastor evangélico (que poderia ser um padre, franciscano, espírita, monge, rabino etc.), que, pelo seu comportamento sem escrúpulo, foi apelidado, pelos policiais que o prenderam de “cachorro” e, sendo pastor, meio louro, mal caráter, fizeram a junção colocando a alcunha em sua ficha criminal: Pastor Alemão!
Para que você tenha uma ideia do comportamento desse indivíduo, vou passar a contar suas iniciações e as peripécias até o dia em que foi denunciado, com bastantes provas comprometedoras, e detido pelos agentes da delegacia local!
Guilherme, menino criado por seus pais, pessoas de bem e ligadas as religiões evangélicas, com acompanhamentos dentro das maiores seriedades, ele mesmo um pouco relaxado, lia a Bíblia, acompanhava os cultos, demonstrando que, no futuro, também seguiria os passos familiares. E, para a alegria de toda família, foi uma satisfação grande quando ele fez seu curso de pastor, aliado as necessárias aulas e seminários de evangelizações!
Aprovado pela igreja que já frequentava desde menino, com o apoio dos pais e suas habilidades, foi ser responsável por uma modesta igreja em fase de ampliação, sendo que, para sua manutenção, ficaria com vinte por cento das arrecadações (dízimos, doações, etc.), e o restante canalizado diretamente para a matriz, semanalmente!
No início tudo estava correndo às mil maravilhas, porém, com o tempo, Guilherme achou que merecia um pouco mais e, tranquilamente, começou a tirar “por fora” dez por cento, as vezes até mais, dependendo dos resultados dos ofertórios. Ninguém desconfiava dele, pois, em função da sua linhagem familiar, era considerado homem sério e digno!
Aí, achando que era pouco suas traquinagens financeiras, passou a se aproveitar das irmãs religiosas, escolhendo as mais bonitinhas e tolas (algumas até descaradonas) e começou a transar tranquilamente, deixando transparecer que esse ritual era uma espécie de purificação e não poderia ser traduzido como pecado. Mas, deveria ser um segredo grande para que Deus aceitasse de bom grado. Uma vez que, somente algumas teriam direito a tais encontros, como se fossem “especiais”. Deixavam as privilegiadas felizes por terem sido comtempladas, não sabendo elas que foram escolhidas, apenas por serem as mais gostosas!
Pastor Rodrigo estava numa felicidade ímpar: dinheiro sobrando, mulheres a vontade e, nos seus trinta anos, nunca nem pensaria em casar.
Então, como sempre acontece inesperadamente, uma moça bonita alta, com um corpão de um metro e setenta, chegada recentemente na sua igreja, sabendo que ele fazia as tais purificações, se insinuou, deu mole e ele, prontamente, marcou para sua bendita e deliciosa transada em nome da fé. Porém, como o diabo atenta, ela era virgem e tinha somente quinze anos, mesmo com corpão de mulher. E, por azar, ela engravidou apenas com uma relação e, chorando confessou para seus pais o que tinha ocorrido!
O pai da menina, louco da vida queria ir lá e enche-lo de porrada, mas, a mãe o acalmou e combinaram ir a polícia. Lá chegando, contaram o caso e a polícia, preparou uma cilada, colocando uma policial bonita na jogada e, servindo de isca, pegou Guilherme pelo pé, nuzinho num quarto do fundo da igreja, com a policial disfarçada de paroquiana, sendo desvestida por ele, completamente excitado! Com tudo filmado e gravado pelas câmeras instaladas na véspera, não houve como Guilherme escapar. E além disso, os chefes da sua igreja, fizeram um levantamento e perceberam que ele também roubava das arrecadações religiosas!
Essa é a “estória” triste de alguém que Deus lhe abriu os caminhos, e ele preferiu enveredar pelas tortuosas estradas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

Nenhum comentário: