sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A dis...puta!

Antonio Nunes de Souza*

Um grupo de estudantes, amigos de bairro, sendo quase todos iniciantes nas universidades, apenas alguns ainda se batiam em seus vestibulares que, “azaradamente”, perderam naquele ano, fato corriqueiro e normal quando se escolhe as melhores escolas e as profissões mais concorridas!
Essa turma, como acontece normalmente, se reúne para quase tudo que faz, principalmente esportes, cinemas, festas, praias, algumas viagens, próximas ou longes, para curtir eventos, etc., nada diferente de dezenas de anos atrás em todos os bairros ou pequenas comunidades!
E, nesse bairro de classe média, morava uma mulher linda e maravilhosa, já “coroando” com seus quarenta e cinco anos, porem bem cuidada e saradíssima, deixando todos com a maior tesão por ela, que, sempre séria, nunca nem olhava para essa “raça” de garotões. Entretanto, todos sabiam que ela vivia de fazer programas e acompanhante de executivos em viagens. Isso lhe dava uma vida boa, com carro, boas roupas, tratamentos de beleza, conservando-se bonita, gostosa, sedutora e desejável!
Sabiam eles que, mesmo com aquela pose e seriedade ela não enjeitava um programa, desde que conhecesse bem a pessoa, fosse bem apresentável, de confiança e, como principal atributo, ter dois mil reais para o cachê, que ela, minimamente, cobrava! Podia-se dizer, enfaticamente, que ela era uma puta filha da puta de cara!
Então, numa conversa de bar, veio a ideia de fazerem uma competição ou disputa, para ver quem teria o privilégio de dar uma trepada primorosa com Zuleide, que era tratada como Zu entre aqueles que a conhecia de mais perto. Dez deles toparam a aposta, cada um daria duzentos reais e depois seria sorteado um que teria a premiação sexual tão desejada por todos. Batizaram a aventura com o engraçado e inventivo nome de “dis...puta”!
No decorrer da semana, juntando suas economias, conseguiram a grana precisada e, prontamente, fizeram o sorteio, ganhando e sendo o sortudo Gelson Mirrar Chanakian, estudante de medicina, filho de pai árabe e mãe indiana que, com essa mistura, lhe deu uma aparência invejável de ser quase negro como os indianos, feições finas e cabelos negros e lisos, corpo esguio e elegante, tendo como ponto forte e derrubador, como golpe de misericórdia, olhos esverdeados, que ele escondia atrás dos óculos esporte, apenas tirando-os para dar o golpe de misericórdia nas mulheres. Sacana bonito sem precisar ser um desses idiotas que ficam nas academias ralando para parecerem lutadores MMA, ou cordeiros de trios elétricos. Esses tipos só agradam as mocinhas cheias de tolices e vazias de bom gosto. Na cama os valores são outros!
Assim, tudo combinado, ficou Gelson de, ele mesmo, tratar com Zu a possibilidade da efetivação da grande e esperada façanha, e caso não fosse conseguida, o dinheiro seria aplicado em uma boa farra com a participação de todos, com as menininhas manjadas que eles normalmente curtiam. No dia combinado Gelson ficou no fim da tarde esperando a chegada de Zuleide que, normalmente, as 18 ou 19 horas, estava chegando das suas proveitosas aventuras, já que os executivos tem mais liberdade durante o decorrer do dia, livrando-se das desconfianças das suas esposas!
-Boa noite Zuleide!
-Boa noite Gelson! Ela o conhecia, pois ele era um dos mais bem de vida do local, por ser filho de um engenheiro e dono de uma pequena construtora, e ela já morava lá há, mais ou menos uns dez anos  e conhecia aquele menino que chamava a atenção pela sua beleza exótica desde criança.
-Eu gostaria de conversar com você sobre algo de interesse mútuo, como posso fazer?
-Faça o seguinte, disse ela com o costumeiro olhar de superioridade: Vou subir e, daqui a mais ou menos uma hora, você vai lá no AP para conversarmos. Vou deixar autorizada na portaria a sua subida, certo?
-Tudo bem, estarei lá no horário combinado!
Estava ele super bem vestido, perfumado, bem penteado, mas, seus cabelos finos e lisos, teimavam em escorrer na testa e no rosto, dando-lhe um ar cinematográfico e artístico. O sacana era, realmente, muito bonito e já tinha comido quase todas as moças do bairro e adjacências! Como também, quase todo mundo já tinha comido sua linda irmã também linda, chamada Shayana, mas, isso é outra história para depois!
No horário previsto e combinado, ele foi ao edifício, subiu para o apartamento, tocou a companhia e, quase que imediatamente, a porta se abriu, mostrando Zu, linda, banho tomado recentemente, vestindo um vestido de seda, todo aberto até seus pés, mas fechado por um cinto, contudo não deixava de mostrar suas formas e curvas, inclusive, seios pequenos, porém ainda em riste e sensuais. Seu perfume encheu o ambiente e, por pouco, Gelson não a agarrou e a possuiu em pleno hall!
-Entre por favor! Pode sentar-se na poltrona e vamos conversar, pois estou curiosa com o que você deseja me falar!
-Bem Zu, eu vou ser sincero e o mais objetivo possível, ficando ao seu critério aceitar ou não o que vou lhe propor. E, para que sejamos honestos, peço-lhe que seja clara e, se possível, aceite o que vou lhe propor. Eu sempre achei você uma mulher bonita e sensual e, em função disso, lhe desejo muito e, como sei que você tem um alto cachê, com grandes executivos, tenho aqui dois mil reais para que tenhamos uma noite maravilhosa e inesquecível.
Zu arregalou os lindos olhos, como se aquilo fosse uma grande surpresa e, sem dizer uma palavra, aproximou-se de Gelson, o abraçou e lhe deu um beijo na boca, esfregando seu tesudo corpo no seu membro, que, naquela altura, numa questão de segundos, estava mais duro que badalo de sino. Com essa resposta, até inesperada, começaram a se denudarem, deitados no macio tapete da sala, começaram a rolar e fazerem todos os tipos de sacanagens, até que Zu, pegou o seu membro, colocou na boca, com uma sagacidade impressionante, começou a fazer um boquete com tanta maestria, que parecia que estava degustando uma iguaria da cozinha francesa, fazendo zigue zagues com a língua, sem deixar que os dentes nem triscassem na glande. E, curiosamente, ainda conseguia falar fluentemente, pois, de boca cheia, perguntou: está gostando?
Tomei até um susto pela sua habilidade. O que veio à cabeça foi que ela era, não uma poliglota, e sim uma “polipica”! Sem sentir, já era onze horas e nós estávamos transando, descansando e repetindo tudo de todas as formas, até que ela virou sua bundinha deliciosa e, num gesto bem carinhoso e delicado, foi introduzindo meu duro membro em seu cuzinho, que sugava para dentro como se estivesse degustando um palmito com azeite de oliva. Foi, verdadeiramente, o ápice da nossa aventura. Já me sentia saciado, feliz e realizado, porém, bastante cansado pelo desempenho exagerado e ininterrupto!
Tomamos um banho gostoso, ainda com uma troca de beijos e carícias, vesti minhas roupas e, quando fui tirar a grana para pagar, Zu disse: Nada disso meu bem! Adorei estar com você e, quando desejar vir outra vez, vou lhe dar meu celular privado e é só você telefonar combinando! Dizendo isso, me deu um beijo na boca como despedida, levou-me até a porta e, com charme, jogou uma “bitoca” fazendo caras e bocas!
Desci e já fui logo matutando como contar a aventura para a turma, mas, logicamente, omitir que não pagou porra nenhuma e que, a partir de agora, aquela maravilhosa mulher estava as suas ordens!
Pois é amigos, assim como existem os sortudos e felizardos, tem os pobres coitados que amargam com as dificuldades de desfrutarem de aventuras inesquecíveis!
Essa foi, uma verdadeira: DIS...PUTA”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antopniopdaagral26@hotmail.com

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