Antonio Nunes de Souza*
Essa
não é a primeira vez que falo nesse assunto, que é bastante polêmico, porém,
sempre necessário, para despertar as mentes sobre suas crendices, analisar se
estão certos ou errados, e até fazer algumas mudanças comportamentais!
Se
você disser que não tem medo, prova somente que é um grande mentiroso. Pois,
todos nós pretendemos e desejamos viver eternamente, muitos até mesmo
vegetando, mas, respirando, se cagando e mijando, e sendo assistido por uma
gentil e paciente cuidadora!
Segundo
as crenças religiosas e popular, quando morremos, para eles estamos partindo
para a outra, que trata-se de um vidaço celestial, sentado na mão direita ou do
lado do Espírito Santo, obviamente, com todas regalias que devem existir nessa
nova moradia, lugar tão decantado, onde não existe absolutamente nada para lhe
sacanear, além de ser tudo 0800, já que, aposentado não trabalha, imagine
defunto. Essa teoria é a professada pela maioria das religiões, com milhões de
esperançosos que gostam de moleza, até depois da morte! Porém, tem a vertente
que cultiva o espiritismo, que já tem umas certas variações, que o pouco ou
básico que conheço, posso dizer em rápidas palavras, que desencarnamos, a alma
ou espírito vai para uma outro plano, e depois de determinados tratamentos ou
purificações, que eu não sei explicar detalhes, retornamos a vida terrestre,
para sofrer, tomar raivas, decepções, doenças, trabalhar pra caralho novamente,
se aposentar com uma merreca filho da puta, e depois desse novo sofrimento, morrer
outra vez, e os caras lá do tal plano, todos lhe esperando para recauchuta-lo
novamente, tipo o “lata velha” de Luciano Huck, e lhe devolver pra outra vez,
sofrer as mermas merdas ou piores. Imagine que sina da porra. Você morre, todo
mundo diz que você descansou, e vem uns caras, lhe reabilitam e mandam de
volta, para passar pelos mesmos dissabores terrestres. Ainda bem que não estou
nessa. A outra é mais aliviada e tem boa vida garantida sem retorno, eu tô
fora, ainda mais essa de passagens de idas e voltas. Isso não é turismo, é
castigo em modo contínuo!
Já
os ateus, que em nada acreditam, geralmente detestam a ideia de morrer, pois,
tem determinantes convicções, que apenas passarão a ser, infelizmente, banquete
de micróbios, ou se tiver grana, cremado num forno, com direito a um frasco de
cinzas, que muitas famílias guardam com muito carinho e saudade!
Eu,
fracamente, estou entre os terceiros, mas, juro por todas as coisas que amo,
que não tenho o mínimo medo de morrer, pois, reconheço que já vivi pra caralho,
com boa saúde, memória privilegiada e, daqui pra frente, só vem, literalmente,
merdas. E eu não gostaria de desfrutar essa parte inglória. Já estou,
praticamente, como cu de cobra (arrastando no chão e na ponta do rabo), vejo
que meus quase 83 anos já deu pra me divertir bastante nessa bendita terra
querida!
Certamente
vocês arranjarão ligeirinho, um outro para escrever loucas crônicas diárias,
bem melhores que as minhas, para que se divertam. Coisa que não será difícil
encontrar!
Finalizo
aconselhando aos pensam que vão para o céu, que pelo sim, pelo não, cometam uma
quantidade razoável de pecados dos bons e deliciosos, pois, se não tiver nada
do outro lado, vocês não ficarão putos e frustrados, pois, pelo menos aproveitaram
um pouco!
Já
aqueles meus queridos amigos que vão e voltam, se lhe mandarem de volta mais de
duas vezes, na terceira, eu sugiro que passem a ser espírito de porco, sejam
espertos e, rapidamente, mude de religião, pra ver se outra é melhor!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta, um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de
Letras!
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