Antonio Nunes de Souza*
Acabei
de acordar da deliciosa noitada de ontem, que na verdade, apenas dormi poucas
horas, uma vez que cheguei em casa as cinco da matina!
Mesmo
sendo super sarada, pois me cuido muito bem, estou cansada pra caralho, por
estar, bebendo, pulando cantando, comendo porcarias pelas ruas, além dos
empurrões e trompaços dentro e fora dos trios elétricos. Depois de um café
reforçado com ovos e bacon, deitei no sofá da sala e comecei a rememorar esses
sete dias de folia que já atravessei, praticamente ilesa, feliz e realizada com
relação as minhas boas pretensões e desejos, na comemoração do carnaval de
Salvador, que já é considerado o maior do mundo em alegria, colorido e
musicalidade dançante!
Na
minh estatística, pelo que me lembro, beijei e fui beijada na boca por mais de
duzentos, sem contar as bitocas eventuais e rápidas dos afobados que passavam,
por várias vezes brinquei abraçada e agarrada com alguns, que além de beijos
apertavam e beijavam meus seios, alguns até iniciando uma masturbação, mas,
idiotamente, eu também fazia o mesmo, e eles gozavam, aí perdiam o interesse e
se picavam me deixando ainda na mão e com a mão gosmificada. Eu ia limpando nas
costas dos outros e seguia minha pulação numa boa. Mas, não demorava aparecer
outro que, gostosamente, me segurava por trás, apertava minha cintura de tal
forma, que eu sentia o cacete duro latejando na regada da bunda, me dando uma
tesão desenfreada da porra, mas, com esses, eu colocava a sua mão na xota, e só
deixava tirar quando gozava, com ele dedilhando no ritmo do axé, Juro que é uma
maravilha, você sentir prazer, pulando, cantando, com um pau dura na regada bunda,
e arrodeado de milhares de pessoas, ainda olhando Ivete Sangalo fazendo fundo
musical para seu orgasmo. Isso não tem preço!
Essas
sacanagens todas são comuns e normais dentro da folia, pois, todos fazem igualmente
com alegria e prazer, ninguém preocupa-se em censurar ninguém, pois trata-se de
uma festa, onde pode-se tudo que guardamos, reprimidos em nossas vidas durante
o ano. Podemos dizer que é a festa da liberdade democrática dos melhores
prazeres terrestres. “Quem acha que orar é melhor que foder, está bom de
morrer!”
Já
que falei em foder, por incrível que pareça, somente duas vezes me aconteceu o
ato sexual de penetração. Uma foi no sábado, que o cara que estava comigo por
último, assim que o desfile do bloco chegou em Ondina, sendo o cu da madrugada,
ele se ofereceu para me levar em casa, Tomamos um táxi, fomos primeiro para seu
apartamento, fodemos deliciosamente, tomamos banho, comemos algo, e depois ele
pegou seu cara e me levou para casa. Foi ótimo, mas, juro que nem sei o nome do
gostoso e generoso crush!
A
outra, foi mais dramática e inesperada, pois, no domingo, eu com uma puta
vontade de urinar, me dirigi para um sanitário químico, e todos estavam ocupados,
aí o cara que estava comigo, falou que eu fizesse atrás dos carros numa rua ao
lado, Aí fomos, dei minha mijada, mas, logo depois, ele me agarrou com gosto,
já que vinha se esfregando em mim, me beijou, baixou minha calcinha e, sem
pedir licença, já que eu já estava de pernas abertas, meteu seu gostoso cacete,
que eu vi as estrelas rodando em volta de minha cabeça, enquanto mexia
gostosamente, que nos provocou uma gozada simultânea, que chegamos a cair
deitados na grama. Foi uma experiência maravilhosa, saindo das rotineiras
trepadas nas camas. Essa foi a minha primeira transa, literalmente, urbana.
Esse eu me lembro o nome, que era Mendonça!
Pode
parecer para alguns que eu sou uma louca, putanheira, mas, não é nada disso, vá
brincar o carnaval na Bahia, e quase todo Brasil, que a sacanagem é mesmíssima.
E aposto com qualquer uma, que quem sai nos blocos, nunca chega em casa no 0 X
0, pois, todos que estão ali, sem exceção nenhuma, foram afim de brincar,
cantar, beber e, logicamente, foder!
Daqui
a pouco vou me preparar para esse último dia, que também pegarei o arrastão
amanhã pela manhã, somente voltando a minha normalidade de vida, na
quinta feira. Mas, nunca deixo de lado meus micaretas, principalmente o de
Feira de Santana, e meus deliciosos forrós de junho. Tenho certeza absoluta,
que eu vivo do jeito que Deus gosta e quer que eu desfrute minha vida aqui na
terra, com prazeres e alegrias!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e jm dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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