sábado, 17 de fevereiro de 2024

AS GRANDES IRONIAS DO DESTINO! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Tem coisas que acontecem em nossas vidas, que, por mais que procuremos explicações, nunca chegamos a uma que seja plausível e justificável. E, infelizmente, uma dessas grandes ironias aconteceu comigo!

Eu tenho trinta e cinco anos, tenho formação de dentista, solteira por convicção e opção, moro sozinha, e meu nome vou omitir, mas, como apenas ilustração, vou me batizar no caso, com o nome de Maria Santa da novela Renascer, já que como ela, sou bastante religiosa, e por incrível que possa parecer, tive vários namorados, mas, sempre evitei relações sexuais, apenas praticando algumas atitudes que davam e recebia prazer, sem chegar aos finalmente!

Então...desejando aproveitar minhas férias anual de 16 de janeiro até 15 de fevereiro, resolvi fazer uma reflexão em minha vida que é ótima e saudável, como não gosto de carnaval, contratei esse período num Convento Franciscano, que, com todo conforto, orações, missas e excelentes pregações, nos deixa leves e purificados no término. E como previsto, comprei dois bons livros, seguindo para meu ninho celestial, na esperança de alcançar meus objetivos!

Me acomodaram numa bela cabana, que formava um enorme círculo de umas 100, tendo no centro uma linda praça com um belíssimo jardim cheio de bancos sombreados por enormes e frondosas árvores. Senti-me alegre e feliz de ver a beleza, e ouvir o enorme barulho do silêncio, que, até o voo de uma borboleta, causava grande zumbido!

Na primeira noite, já que chegamos no fim da tarde, tomamos um bom banho, nos arrumamos todos em seus cômodos, fomos jantar e, logo em seguida, recebemos através do serviço de som, o convite para nos dirigirmos para o teatro, pois, haveria uma audição de Cânticos Gregorianos como sinal de receptividade aos fiéis ali reunidos. Fiquei super eufórica, pois, nunca tinha ouvido uma apresentação ao vivo desse fascinante canto e sempre fui uma admiradora!

Pela minha curiosidade, sabidamente, fui as pressas para a primeira fila, já que assim, me sentiria como se também estivesse participando ativamente. Recebemos  boas vindas do Frei Chefe e administrador e em seguida entraram uns 20 Frades Capuchinhos, se perfilharam, e quando o Maestro suspendei a batuta, os vozeirões estrondaram no ambiente, que com a reverberação, fazia com que nos sentíssemos em pleno céu. Uma apresentação belíssima de se ver e ouvir. Aí, inesperadamente, o maestro pegou algumas das pessoas que estavam na frente, inclusive eu, nos subiu no palco, e, como se fosse uma brincadeira para descontração, nos deu uma pauta com uma letra, que nós deveríamos cantar junto com o Coral. Todos riram e, logo iniciou a apresentação. Todos completamente fora dos tons, as vezes eles se calavam e nos deixava esganiçando, fazendo a plateia se divertir e nós também. Terminada a improvisação, os cantores nos abraçaram, e foi nessa hora que começou minha desdita, pois, um frade lindíssimo me abraçou de tal forma e força, que cheguei a sentir seu membro nas minhas coxas, mesmo mole, porém, com um volume que buliu com meu libido, principalmente, quando nos separamos e ele me olhou fortemente com seus lindos olhos verdes!

Já 22 horas, fomos a Capela, rezamos um terço e, curiosamente, o puxador das orações, coincidentemente, era o tal do Frade que me abraço. Desta feita, eu já encarei ele e, propositadamente ou não, senti que ele não deixava de me olhar insistentemente. Cheguei até a pensar que era loucura minha. Seguimos para nossa cabanas, para dormir, com o aviso que teríamos a primeira missa as 6 seis horas e que todos deveriam estar lá!

Tomei um banho refrescante, liguei o ar condicionado, peguei um dos livro, comecei a ler e, sem sentir, cai no sono. Foi quando algum tempo depois, não sei quanto, me vejo acordada com um a fago em meu corpo e, quando assustada olhei, sentado em minha cama, estava o tal frade, provando que, assim como eu, sentiu-se atraído. Fiquei sem ação e, ao mesmo tempo, desejando que ele continuasse. E como se estivesse lendo meus pensamentos, ele se curvou e me deu um gostoso beijo na boca, acabou de acender meus desejos, lavando a mão em seu membro que, aquela altura ou antes, já estava duríssimo e cheio de desejos em mim. Para nos desnudar foi apenas questão de segundos, já que as avidezes de ambos eram mais que visíveis. Continuando nós transamos de todas maneiras, oral, vaginal, anal, sem nenhum preconceito, ele mais jovem que eu, mostrava ter uma tesão incrível, fazendo eu gozar várias vezes, controlando-se para que não gozasse antes de mim. Veio logo em minha mente, porque o povo diz que foi uma “Sacanagem Franciscana”. Devem sabem que lá a putaria corre solta com as freiras, beatas e hóspedes dos retiros!

Quando paramos exaustos e satisfeitos, nem dei conta da perda de minha virgindade, olhei para o relógio do celular, e vi que eram 4 da manhã. Ele se vestiu rápido, me falou que seu nome era Frei Mendonça, e que nos veríamos na missa!

Como tudo que começa errado, a tendência é piorar, no meu caso foi o que aconteceu, pois, transamos todas as noites, creio que fodi mais do que rezei, só li o prefácio de um dos livros, perdi meu cabaço e meu carnaval foi em cima de um cacete gregoriano, as vezes colocando em minha boca como um microfone, ou na bunda como um supositório. Para quem foi fazer meditação, descanso e reflexão, tudo ocorreu ao contrário, em função das ironias do destino. Ou será que foi Deus que escreveu certo com linhas tortas? Porque foi tão gostoso e inesquecível, que parece ter sido uma dádiva celestial!

Pelo sim, pelo não, já reservei minha cabana para o retiro de uma semana no São João, pois, Frei Mendonça não me sai da cabeça um instante!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

 

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