terça-feira, 21 de março de 2017

Mentiras cheias de verdades!

Antonio Nunes de Souza*

 Esse título é uma verdadeira incoerência, já que não é normal você ouvir umas mentiras que são alinhavadas com verdades. Mas, por incrível que pareça, isso acontece em função dos passadores de notícias, se basearem no adágio popular “quem conta um conto, aumenta um ponto” e, assim fazendo, muitas verdades terminam sendo consideradas verdadeiras fantasias! Tudo acima é meio confuso, leia outra vez que compreenderá melhor, ou então basta apenas se lembrar que os boateiros dobram as verdade e quadruplicam as mentiras!

Estou esclarecendo tanto sobre os fatos e atos, em função da delicadeza que são merecidos, pelo envolvimento de pessoas ligadas as religiosidades. Principalmente a católica, onde a parte feminina é abastecida de freiras, irmãs de caridade, servas de Deus, etc., várias outras nomenclaturas, porém com as mesmas funções dentro da sua crença!
Dizia-se que a maioria das moras que iam para os conventos eram por promessas de mães, seguido de desilusões amorosas, filhos com “produção independente” através rápidos namoros e, em último lugar, por vocações espontâneas, convencidas pelos lindos sermões dos padres, frades, capuchinhos, grandes pregadores e com alto grau de convencimento para agregar adeptos ao catolicismo. Vejam vocês, eu mesmo, que convivi um ano num colégio dos Maristas, ajudando missa, comungando diariamente, não é que me veio a ideia de ser Irmão Marista! Imagino que merda seria minha vida, com o tal do voto de castidade!

Mas, seguindo as facetas acrescentadas pelos boateiros, diziam eles, e suponho que ainda repetem, que nos conventos os padres transam com as freiras as escondidas, existem casos de gravidez totalmente camufladas, abortos provocados e, muitas vezes, os filhos do pecado divino(?), são entregues aos orfanatos, com alegações que foram deixados na porta do convento, ou na sacristia da capela. Chegavam até, os mais acintosos, de dizer que havia conventos com cemitérios escondidos em suas áreas, para os “anjinhos abortados ou natimortos”. Eu, na minha religiosidade juvenil, ouvia todas essas “estórias” com os olhos esbugalhados, achando tudo mirabolante e, ao mesmo tempo, perdendo um pouco da minha fé nos sacerdotes aproveitadores!

Atualmente, com o desenvolvimento estrondoso da religião evangélica, deixaram as freiras um pouco de lado e, sem dó nem piedade, malham as mulheres e mocinhas que desejam ser servas de Deus, com algumas regalias, fardas de destaque e respeitos dos fiéis, talvez até salários e gratificações, são “comidas gostosamente” pelos pastores que lhe prometem uma pureza no ato, dizendo ser o caminho de chegar a Deus. Ou elas gostam da sacanagem, ou, pobremente, vão na conversa dos falsos profetas e ministros de Deus!

A verdade é que o povo não dá tréguas nas suas criações de “mentiras cheias de verdades”, suscitando dúvidas a humanidade!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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