quinta-feira, 28 de abril de 2016

Reflita para não chorar quatro anos!

Reflita para não chorar quatro anos!
                                                                                   
                                                                                       Antonio Nunes de Souza*

Imagino que o homem visto e analisado pelos outros animais, seja conceituado como o único ser realmente irracional, devido seu comportamento estranho perante os problemas que lhe atinge durante o desenrolar de sua vida, ocasiões onde ele procura sempre as soluções mais simplistas e, principalmente, egoísticas, sem levar em conta a coletividade que vive.

Pode parecer uma loucura ou uma conceituação radical demais com essa obra divina, criada sua semelhança e, por milhares de anos, titulada ou rotulada como as mais sábias das criaturas vivas na face da terra. Porém, se formos buscar fatos desde o paraíso, não teremos dificuldades para encontrar indícios de uma verdade diferente ou pelo menos suscitar uma série de dúvidas sobre a racionalidade humana.
Até na hipotética ou sacra história de Adão e Eva, estes primeiros seres desobedeceram ao Senhor, somente para atender seus apelos eróticos de conveniências individuais em busca do prazer, ouvindo estórias de uma demoníaca cobra da oposição, que desejava nada mais, nada menos desestabilizar o paraíso de um mundo novo cheio de esperanças, onde todos teriam os mesmo direitos e deveres, além das mesmas possibilidades de serem felizes. Resultado: Foram expulsos do paraíso que havia ganhado por uma caridade divina, passando a serem abandonados as suas sortes pelo mundo a fora.
Logo em seguida eles tiveram dois filhos (Caim e Abel) que, por inveja, um matou outro sem dó nem piedade, sem levar em conta nem os laços familiares. E, se não bastasse, outros filhos foram surgindo como conseqüências de incestos das mais diversas linhas, o mundo foi sendo povoado (não vou me ater muito nessa passagem, para que não me taxem de herege).
Com esse crescimento populacional, o homem que desde a primeira família já não conseguiu se entender piorou mais ainda na sua maneira de pensar, pois, como as leis eram determinadas pelos mais fortes, brigas e crimes ocorriam freqüentemente e os grupos iam se subdividindo, formando novas pequenas comunidades, porém, sempre dirigidas e comandadas pelos mais poderosos.
Para sintetizar, podemos dizer que foi assim que foram criadas as cidades, estados e países, sempre comandados pelos mais poderosos que, aproveitando-se dessa regra que vem sendo ditada e seguida por milênios, passou usufruir a melhor parte e dando migalhas enganosas ao povo que, na sua falta de esclarecimento, continuava aceitando com constrangimento esse comportamento egoísta e deplorável, mas sem a coragem de dar um basta definitivo nessa divisão de valores.

Mas, como tudo tem um limite, numa atitude de fé e esperança, através do voto de escolha, conseguido as duras penas e séculos de sobrevivências de massacres e desprezos, o povo escolheu alguém emanado de suas próprias origens, conhecedor das suas necessidades, para governa-lo de uma maneira mais igualitária, derrubando centenas de ídolos de barro que comandavam o país com mãos de ferro, disfarçadas por luvas de pelica. Esse fato eles jamais acreditaram que pudesse ocorrer!

Porém, quando aconteceu inesperadamente, criou-se uma celeuma dos diabos nos bastidores dos derrotados, e esses partiram para uma verdadeira guerra usando das armas mais infames e absurdas, servindo apenas para mostrar como eram e são podres os ambientes das câmaras e do senado. A polícia federal, o ministério público e outras organizações governamentais jamais denunciaram e prenderam tantos ladrões e corruptos que há dezenas de anos saqueavam os cofres públicos. Ou prendeu e cassou também uma série de homens ligados ao governo, provando que hoje não temos mais paciência para lidar com canalhas, sejam de que linha política for. Se o governo pretendesse protecionismo, jamais viriam à tona casos que envolvessem pessoas ligadas a ele. O importante é uma caça as bruxas para sanear a política brasileira, derrotando mais uma vez os podres poderes. Obviamente, fiscalizando e cobrando dos remanescentes um procedimento compatível com o cargo que exerce.

Portanto, vamos provar aos animais que somos realmente racionais, votando com patriotismo e o pensamento voltado para um futuro melhor. Não dando o nosso sagrado voto em troca de favores, e sim pela competência administrativa. Não se deixar enganar com a mesmice da conversa dos caciques do passado que, nos seus desesperos de voltarem ao poder dando ao povo pão e circo, inventam, criam e fantasiam as mais absurdas das denúncias, utilizam a mídia (praticamente pertencente aos seus grupos) para confundir a mente dos incautos.

Por favor, reflitam essa semana, não se deixando emprenhar pelos olhos e ouvidos, para não dar de bandeja o que foi conseguido a duras penas em dezenas de anos de luta.

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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