Antonio
Nunes de Souza*
Calmaria,
tranquilidade, pouco movimento comercial, somente sendo ampliado aos sábados
por serem dias de feira livre. Todos se conhecem, convivências rotineiras, mas,
por trás de tudo isso, um “modus vivendi” super. tranquilo, entre quatro
paredes sempre acontecem coisas que, sem exagerar, faz arrepiar até os cabelos
da bunda, de tão frenéticos e cheios de facetas das mais inimagináveis
possíveis!
Para
que fiquem mais tranquilos, digo que não se trata de escândalos criminosos, nem
barbarismos sanguinários. Num segredo de “quatorze chaves”, numa surdina e
discrição das mais absolutas, uma professora de S. Paulo que foi morar lá,
pessoa educada, competente, qualificada e, para completar, era belíssima.
Chegou sozinha, divorciada, sem filhos, apenas, por opção, escolheu essa cidade
para morar, logicamente, procurando uma melhor qualidade de vida e segurança.
Essa figura interessante, logo se infiltrou na sociedade, ganhou confiabilidade
e, em função disso, como disse acima, no mais discreto segredo, começou a
catequisar as mocinhas suas alunas para que, sigilosamente, transassem com os
homens casados e de certas idades, recebendo em troca dinheiro, presentes e
outros benefícios nos estudos e nas áreas sociais e comerciais também.
Logicamente
e inteligentemente, começou com moças de menores poderes aquisitivos, pobres
que sonhavam com melhorias e mesmo com necessidades financeiras para
sobrevivência, já que pertenciam a famílias pobres e humildes. Com a
confiabilidade que adquiriu com algum tempo, professora Bianca, esse era seu
nome, começou a traçar os encontros em sua casa que era grande e tinha quatro
quartos, sendo duas suítes completas. Espertamente selecionou as mais
importantes figuras locais que, com seu olho clínico, percebeu que gostariam da
coisa e seriam discretos em função das suas responsabilidades. E, aos poucos, a
coisa foi funcionando muito sorrateiramente, mesmo com as tímidas moças não
acostumadas, porém, como dizem “as necessidades fazem os ladrões”!
Com
o passar do tempo, ela já contava com dez moças bonitas e já experientes, sem
as manias de proibições nas relações. O sexo era oral, anal, varginal e outras peripécias
que vinham na cabeça, fazendo os homens enlouquecerem nos seus gozos e posições
que, em suas casas, jamais existiram. Logicamente, todas elas ganhavam bem,
davam a comissão combinada para Bianca e, esperta, sempre pedia a maior
discrição aos clientes, como também para as moças. Como sabia que se a coisa
viesse a tona todos seriam prejudicados, e acabaria as transações de orgasmos
deliciosos!
Como
tudo nesse mundo jamais consegue ficar em segredo e o inesperado acontece,
certo dia um cliente de alto gabarito levou um amigo de uma cidade vizinha e,
quando chegaram e entraram no quarto, pois o combinado seria uma deliciosa
“suruba”, o convidado tomou o maior susto, pois, uma das moças era sua filha
que estava estudando lá por ter melhores escolas!
Não
precisa dizer que o homem fez o maior barraco. Um escândalo filho da puta, deu
porrada em Bianca e na filha, a vizinhança chamou a polícia, foi todo mundo
para a delegacia, sendo um enorme choque na sociedade local, quebrando a rotina
tranquila da bonita e calma cidade do interior. Passados alguns dias Bianca foi
embora, mas, como sempre acontece em tudo, apenas sem ter um local específico,
as moças já habituadas e viciadas, além de tentadas pelo dinheiro, continuaram
transando as escondidas, compensando os maridos com posições e formas que suas
mulheres pudicas e hipócritas não praticavam, além do velho e ultrapassado
“papai/mamãe”! Hoje essa ridícula posição já está apelidada de “vovô/vovó!”
*Escritor
– Membro da academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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