Antonio
Nunes de Souza*
Difícil
separar as festas na Bahia, pois, nosso carnaval oficial demora uma semana e o
extra oficial, começa em primeiro de janeiro e vai até trinta e um de dezembro.
Lógico que é mesclado de uma série de festejos também pertencentes aos eventos
momescos, como carnasaudades, micaretas, gravações de vídeos, ossos do
carnaval, comemorações de músicas mais tocadas, novas danças eróticas (não
acredito que inventarão outras, pois agora só faltam fazer uma roda e os casais
transarem nus, e o vencedor ser o par que gozar primeiro).
Estamos
perto das festas juninas, muito embora, com o modismo de mistura total de
ritmos, os forrós e xaxados já são cantados e dançados durante todo ano,
aproveitando os sucessos bombásticos das Bandas Calcinha Preta, Aviões do
Forró, Magníficos, etc. Uma dança gostosa, fazendo recordar os tempos passados
que se curtia agarradinhos, tendo somente a diferença que, a esfregação e as
mexidas são tão acentuadas, que muitas vezes levam os casais ao orgasmo em
pleno salão! Com o tempo, foi esquecida, completamente, aquela dança careta,
que além de ficarmos afastados, ainda tinha uma porção de anáguas engomadas
protegendo qualquer encosto, numa eventual batida no salão!
Vamos
nos preparando para enfrentar uma montanha de sertanejos (duplas e solos),
padres e cantores evangélicos, mulheres de bundas grandes vestidas de vaqueiras,
cantando e rebolando, pois as bundas são melhores que as vozes.
Assim
sendo, nunca seja uma pessoa radical em seus julgamentos, dizendo que nossa
Bahia e Brasil não é um país sério, pois, apenas não trabalhamos mais porque os
festejos não nos dão tempo!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotm,ail.com
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