Antonio
Nunes de Souza*
Outro
dia falei que os homens, principalmente os brasileiros, adoram instituir como
dias festivos e com homenagens, tudo que lhe dão algumas vantagens, lucros e
prazeres!
Dezenove
de abril por exemplo, comemora-se (?) em nosso país o “Dia do Índio!”, numa
homenagem até justa aos nativos da nossa nação que, barbaramente, foram
escravizados, mortos, infectados por doenças, tribos inteiras dizimadas, por
uma colonização portuguesa brutal e mais selvagem que os próprios selvícolas! Restando
apenas algumas tribos, realmente puras com os hábitos, costumes e tradições
ainda conservados e, fora isso, algumas aldeias mescladas de negros, mulatos,
brancos, mestiços pelas diversas misturas raciais, que convivem marginalmente,
por não poderem melhorar suas acomodações, comodismos, aproveitando as
benevolências governamentais e, principalmente, fazendo suas abusivas invasões
de fazendas, reclamando milhares de hectares, que sem nenhuma estrutura
agronômica, servirão para arrendarem para mineração ou criação de gado. Digo
isso porque já vimos exemplos nas poucas oportunidades dos seus ganhos de
causas!
Essa
prova de péssima memória nacional, nos constrange significativamente, pois, já
que foi criado e oficializado o dia, deveria haver palestras nas escolas,
esclarecimentos das verdades históricas, distribuir saberes para a juventude,
dirimir dúvidas e ressaltar quanto foi importante os trabalhos, mesmo forçados,
juntamente com os negros, na construção de nossa pátria!
Todos
que vão por prazer ou estudos passar temporadas em aldeias verdadeiramente
puras, ficam pasmos com a maneira democrática e solidária que existe nessas comunidades,
nos dando uma enorme lição de saber viver em conjunto ou grandes grupos e respeitar
as crianças, os mais velhos e suas mulheres. Além dos despojamentos de
vaidades, simplicidades abundantes e um modo de vida onde o respeito pelos
direitos é considerado sagrado!
Só
me resta, com minha voz fraca, porém sensata, dar hoje um viva e um abraço a
nação indígena do nosso Brasil!
*Escritor
e historiador da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –
antoniodaagral26@hotmail.com
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