Antonio
Nunes de Souza*
Para os menos avisados, vale a pena dizer o
que seja um bumerangue, no sentido de que eles possam acompanhar com mais
clareza o que vou dizer e, principalmente, o “por que” de estar usando-o como
comparativo! Trata-se de um instrumento esportivo, achatado e com curvatura,
normalmente de madeira que, arremessado ao ar com destreza e sabedoria, faz peripécias
mirabolantes no espaço, a plateia feliz e, seguramente, volta para as mãos do
arremessador! Dá para se perceber logo que trata-se de algo benéfico para quem
arremessa, quem presencia e é assistente, sem nenhum trabalho ou sacrifício!
Estou e estarei falando de SOLIDARIEDADE,
esse bumerangue que nossa sociedade, dita organizada, se esqueceu
completamente, desse ato de piedade cristã e social, professando,
egoisticamente, seus comportamentos, em vez de seguir um slogan rotário
centenário: “Dar de si sem pensar em si!”, preferem, por ser mais simples e
cômodo, seguir o adágio popular: “Primeiro eu que não sou filho de judeu!” ou,
“Quem pariu Matheus que balance”!
Se omitir, ficar em cima do muro, culpar,
veementemente, os governos, alegar ridiculamente que paga seus impostos (ato e
obrigação de todos, dos mais miseráveis aos mais ricos) é uma prova de profundo
egoísmo e cegueira humana! Pois, todas as vezes que você é solidária a diversas
causas, pode ter a certeza absoluta, que ela voltará as suas mãos, através de
amores, reconhecimentos, satisfações e, principalmente, pelos olhares divinos.
Faça reflexões, um retrospecto em sua vida, lembre-se de quantas pessoas
arremessaram bumerangues para fazer você sorrir e lhe dar alguma felicidade, ou
então, relembre-se das vezes que lhe negaram esse prazer e quanto ficou ferido
e triste por ter sofrido tal decepção!
Tenho certeza que, de alguma forma, mudará o
seu comportamental, passará a olhar menos para o seu umbigo, e ver que nada lhe
custa, com destreza, carinho e amor, fazer sempre arremessos com seu
“bumerangue/solidário, pois, tenho convicção, que lhe fará muito mais feliz!
Vale lembrar que, muita gente que não se
dedica a esse esporte caritativo, atirando seus bumerangues para longe sem
maiores preocupações, eles, com o tempo, voltam, batem em seus corpos deixando
marcas e sequelas!
Que esse arremesso que estou fazendo agora,
atinja suas mentes, almas e corações e me encha de felicidades pelo meu dever
cumprido!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de
Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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