sábado, 30 de abril de 2016

Motoboy!

Antonio Nunes de Souza*

Todos nós, condutores de veículos maiores (automóveis, caminhões, onibus, etc.), lamentamos ter que enfrentar o terrível trânsito nas cidades, principalmente nas capitais, não só pelos engarrafamentos constantes, como, principalmente, os grandes malabarismos dos motociclistas, fazendo zig-zags entre os carros, nos assustando com suas manobras perigosas. Isso, logicamente, nos revolta, causa nervosismo, constrangimento e muita preocupação, não só para não atropelá-los, como também, batermos em outros veículos!
Com essa revolta já determinada em nossas mentes, na grande maioria das vezes, repudiamos a classe, generalizando o terror a profissão, esquecendo que, encima de uma moto está um pessoa trabalhando para o sustento da sua família, pagar estudos, aluguel, vestuários e até a prestação da moto comprada a prazo com sacrifício. E, seu rendimento depende de quantas viagens forem dadas, nas carreiras e pressas, arriscando suas vidas, ou com quedas que deixarão sequelas para o resto da vida!
Não sou motociclista, nem motoboy, mas, sou humano e, parando para refletir, depois de ter sentido esses mesmos pensamentos condenatórios, cheguei à conclusão que devemos ser mais benevolentes, perdoar algumas imprudências e ver que, mesmo odiados pelos condutores de veículos maiores, eles, na grande maioria, estão trabalhando e não fazendo piegas circenses! Principalmente os entregadores de pizza ou outros alimentos, remédios, etc., coisas que necessitam de pressas pelas necessidades e temperatura dos conteúdos! Leve em conta que para educa-los melhor, se faz necessário uma boa fiscalização, pistas exclusivas e outras coisas básicas que, gradativamente, melhorarão seus comportamentais!
Façam como eu que já me policio quando eles passam raspando meu carro: Mentalmente, xingo a mãe deles e, ao mesmo tempo falo sorrindo: Que trabalho arriscado retado, eu não teria coragem de enfrentar essa profissão radical, nem para ir para o céu!
Você já imaginou o que sofre o passageiro suburbano que é obrigado a tomar um “moto-táxi”? Esses sim, são verdadeiros heróis anônimos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Plano revolucionário!

Antonio Nunes de Souza*

Gosto de intercalar, entre os meus textos mais sérios, algumas “porra-louquices” que vem a cabeça, sempre achando que, por mais incrível que pareça, um dia ainda vão acontecer. Ou, quem sabe, se já não estão acontecendo?
Como sempre, nessas novas e fantásticas novidades, tem a presença do nosso cientista Andrezinho Nogueira. Não vou usar o seu nome internacional, pois trata-se de algo nacional, totalmente verde e amarelo e, somente depois de testado, aí teremos o lançamento internacional com as vendas de franquias em dólares ou euros!
Assim como temos diversos planos de saúde, odontológicos e até fúnebres, o sapeca e esperto cientista, elaborou um projeto único e revolucionário do PLANO DO AMOR! Parece algo inverossímil e absurdo, mas, fazendo estudos, pesquisas e experiências, chegou a conclusão que, sofre-se muito mais com as dores afetivas no coração, dores de cotovelos e a trágica e imbatível dor de corno, que é mais perigosa que uma série de doenças consideradas graves!
Então, no sentido de atender a essa vasta e imensa clientela, somente um bom “Plano do amor” poderia ser a solução. No seu projeto as coberturas imediatas e obrigatórias são infalíveis, radicalmente, obedecidas dentro de um padrão classe A.
As cláusulas são as seguintes: Dor de cotovelo o usuária sofredor terá direito a assistência de uma mulher ou homem belíssimos, diariamente por duas horas, para passar na frente da casa do causador (a), aos beijos e abraços e duas sextas feiras no mês dançarem bem agarrados na danceteria que a vagaba frequenta, passando por ela na maior “sofrência” estilo Pablo! Essa medida ou medicação, deixará sua ex putíssima da vida e você altamente relaxado e vingado. Isso nunca falha, mas, se acontecer, volte ao nosso psicólogo que ele passará uma nova medicação mais forte!
No caso de “dor no coração”, também chamada de “coração partido” é realmente foda, pois, o coração que não tem porra nenhuma com isso, a paixão é algo da mente, e ele é que considerado culpado. Para uma lavagem coronária, coloca-se detetives na pista dos causadores (homens ou mulheres), procurando descobrir defeitos simples e graves, tirar fotos em segredo dele(a) fazendo cocô, vomitando, tirando melecas e mascando chicletes como se fosse uma vaca ruminando. Se possível, até gravar ela peidando e colocar um cheiro horrível. Essa lavagem cerebral é horrível e é chamada dentro da análise psicológica de “baixa tesão”. Depois desse tratamento inicial, se não surtir o efeito de esquecimento e nojo, voltar para nova medicação mais forte, com doses mais eficazes!
Já a “Dor de corno” é a mais traumática, pois além de atacar o coração (?), abrange o cotovelo também. É chamada de “Paixão generalizada”, onde o paciente é considerado, literalmente, fodido. Uma vez que, além de perder o homem ou mulher, ainda tem o sofrimento de ver seu ex amor desfilando e aos beijos com outra pessoa. Isso é uma punhalada filho da puta, deixando a pessoa numa merda total, levando, em alguns casos, ao suicídio! Nesse extremoso caso, o plano dispõe de homens e mulheres lindas, que são encarregadas de se aproximarem dos causadores com classe invejável e tentar seduzi-las, tirar fotos nos casos de sucesso e mostrar para o cliente que trata-se de uma vagaba ou cafajeste e que, jamais o faria feliz. E que foi melhor ele (a) saber logo que não valia o seu sofrimento e esquecer tudo por completo!
Basicamente, esse é o Plano do amor que será lançado, brevemente, no Brasil e, provavelmente, fará sucesso no mundo todo! Em princípio será destinado a classe A, devido os custos com as pessoas super qualificadas em suas áreas operacionais, sigilos absolutos e equipamentos de ponta!
“Não sofra mais ouvindo ARROCHA”, faça esse plano que hora desabrocha”!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras – Agral – antoniodaagral26@hotmail.com


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Reflita para não chorar quatro anos!

Reflita para não chorar quatro anos!
                                                                                   
                                                                                       Antonio Nunes de Souza*

Imagino que o homem visto e analisado pelos outros animais, seja conceituado como o único ser realmente irracional, devido seu comportamento estranho perante os problemas que lhe atinge durante o desenrolar de sua vida, ocasiões onde ele procura sempre as soluções mais simplistas e, principalmente, egoísticas, sem levar em conta a coletividade que vive.

Pode parecer uma loucura ou uma conceituação radical demais com essa obra divina, criada sua semelhança e, por milhares de anos, titulada ou rotulada como as mais sábias das criaturas vivas na face da terra. Porém, se formos buscar fatos desde o paraíso, não teremos dificuldades para encontrar indícios de uma verdade diferente ou pelo menos suscitar uma série de dúvidas sobre a racionalidade humana.
Até na hipotética ou sacra história de Adão e Eva, estes primeiros seres desobedeceram ao Senhor, somente para atender seus apelos eróticos de conveniências individuais em busca do prazer, ouvindo estórias de uma demoníaca cobra da oposição, que desejava nada mais, nada menos desestabilizar o paraíso de um mundo novo cheio de esperanças, onde todos teriam os mesmo direitos e deveres, além das mesmas possibilidades de serem felizes. Resultado: Foram expulsos do paraíso que havia ganhado por uma caridade divina, passando a serem abandonados as suas sortes pelo mundo a fora.
Logo em seguida eles tiveram dois filhos (Caim e Abel) que, por inveja, um matou outro sem dó nem piedade, sem levar em conta nem os laços familiares. E, se não bastasse, outros filhos foram surgindo como conseqüências de incestos das mais diversas linhas, o mundo foi sendo povoado (não vou me ater muito nessa passagem, para que não me taxem de herege).
Com esse crescimento populacional, o homem que desde a primeira família já não conseguiu se entender piorou mais ainda na sua maneira de pensar, pois, como as leis eram determinadas pelos mais fortes, brigas e crimes ocorriam freqüentemente e os grupos iam se subdividindo, formando novas pequenas comunidades, porém, sempre dirigidas e comandadas pelos mais poderosos.
Para sintetizar, podemos dizer que foi assim que foram criadas as cidades, estados e países, sempre comandados pelos mais poderosos que, aproveitando-se dessa regra que vem sendo ditada e seguida por milênios, passou usufruir a melhor parte e dando migalhas enganosas ao povo que, na sua falta de esclarecimento, continuava aceitando com constrangimento esse comportamento egoísta e deplorável, mas sem a coragem de dar um basta definitivo nessa divisão de valores.

Mas, como tudo tem um limite, numa atitude de fé e esperança, através do voto de escolha, conseguido as duras penas e séculos de sobrevivências de massacres e desprezos, o povo escolheu alguém emanado de suas próprias origens, conhecedor das suas necessidades, para governa-lo de uma maneira mais igualitária, derrubando centenas de ídolos de barro que comandavam o país com mãos de ferro, disfarçadas por luvas de pelica. Esse fato eles jamais acreditaram que pudesse ocorrer!

Porém, quando aconteceu inesperadamente, criou-se uma celeuma dos diabos nos bastidores dos derrotados, e esses partiram para uma verdadeira guerra usando das armas mais infames e absurdas, servindo apenas para mostrar como eram e são podres os ambientes das câmaras e do senado. A polícia federal, o ministério público e outras organizações governamentais jamais denunciaram e prenderam tantos ladrões e corruptos que há dezenas de anos saqueavam os cofres públicos. Ou prendeu e cassou também uma série de homens ligados ao governo, provando que hoje não temos mais paciência para lidar com canalhas, sejam de que linha política for. Se o governo pretendesse protecionismo, jamais viriam à tona casos que envolvessem pessoas ligadas a ele. O importante é uma caça as bruxas para sanear a política brasileira, derrotando mais uma vez os podres poderes. Obviamente, fiscalizando e cobrando dos remanescentes um procedimento compatível com o cargo que exerce.

Portanto, vamos provar aos animais que somos realmente racionais, votando com patriotismo e o pensamento voltado para um futuro melhor. Não dando o nosso sagrado voto em troca de favores, e sim pela competência administrativa. Não se deixar enganar com a mesmice da conversa dos caciques do passado que, nos seus desesperos de voltarem ao poder dando ao povo pão e circo, inventam, criam e fantasiam as mais absurdas das denúncias, utilizam a mídia (praticamente pertencente aos seus grupos) para confundir a mente dos incautos.

Por favor, reflitam essa semana, não se deixando emprenhar pelos olhos e ouvidos, para não dar de bandeja o que foi conseguido a duras penas em dezenas de anos de luta.

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com