quarta-feira, 28 de junho de 2023

UM ENCONTRO MIRACULOSO! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Tudo começou no dia que conheci Adriana. Era fim de tarde, eu estava de férias e, sem nada para fazer, resolvi fazer uma visita a Igreja de São Francisco no Terreiro de Jesus, que é uma obra prima, já que admiro muito as antigas arquiteturas, principalmente as ligadas aos templos religiosos dos séculos passados. Vale dizer que minha formação é arquitetura!

Ao entra na igreja, caminhei até ao altar, benzi-me como é hábito e, ao voltar, notei uma mulher usando véu, orando com a cabeça baixa, muito constrita! Poucas pessoas estava na nave religiosa, porém, não sei a razão, resolvi acomodar-me no mesmo banco que essa senhora. Como sempre, fiquei fascinado olhando em redor todas riquezas esculpidas, inclusive muitas pintadas a ouro, e quando estava embevecido, olho para o lado e vejo que não se tratava de uma senhora como imaginei. Era uma jovem com uma doçura no rosto, olhos azuis que, sinceramente, poderia ser confundida com uma das lindas imagens do templo!

Nos olhamos e eu a cumprimentei com a cabeça, que fui correspondido da mesma forma. Demorei em torno de meia hora e, coincidentemente, quando levantei para sair, a moça fez o mesmo, tranquilamente saímos os dos lado a lado em direção a saída. Como havia me impressionado com sua beleza, fiquei mais ainda quando notei o seu corpo, que, queiram ou não, é a parte mais chamativa de atenção e desejo de todos os seres normais.  E, ousadamente, perguntei-lhe: veio fazer orações, ou um pedido a S. Francisco? Uma pergunta tola, apenas para puxar conversa!

Olhando-me de cima a baixo, respondeu: Eu sou devota fervorosa desse, e venho sempre visita-lo e oferecer as minhas benditas preces!

-Não digo que faço o mesmo, mas, pela beleza da igreja, faço visitas periódicas para vislumbra-la!

Chegando a saída, eu gentilmente falei: Se você  aceitar uma carona, darei com todo prazer?

Imediatamente ela respondeu: Como posso aceitar uma carona de alguém que não conheço? Muito obrigado!

Prontamente eu retruquei: Eis aqui o meu cartão, meu nome é Adalmir Pacheco de Farias, sou arquiteto, moro no bairro da Barra, sou solteiro e muito religioso!

Ela deu um sorriso, se prendendo para não gargalhar e, olhando para mim, disse: Eu me chamo Adriana Almeida, sou assistente social, trabalho no Hospital de Irmã Dulce, na área de registro e catalogação de enfermos, e estou indo pra lá, pois, vou dar plantão. Se você se dispor a sair do seu roteiro, e fizer essa gentileza, eu agradeço em nome de Santa Dulce, a milagrosa da Bahia e Brasil. E sorrindo disse: Ela me protegerá!

-Claro que farei com prazer, ainda mais por você trabalhar numa obra beneficente tão maravilhosa!

Ainda um pouco desconfiada, pois dava para notar, já que canalhas estão espalhadas em todos lugares, nos dirigimos para o carro e seguimos para o destino!

No caminho fomos conversando, ela percebeu que eu era confiável e, ao saltar, antes que eu falasse a mesma coisa, ela disse com um sorriso lindo: Eu gostaria de encontra-lo outra vez, com tanto que não seja somente quando você for visitar a igreja!

-Dei um sorriso, pela coincidência dos desejos e disse: Amanhã é sexta-feira e quero ter a honra de convidá-la para um jantar, para agradecer a São Francisco por ter provocado esse nosso encontro. Assim combinamos, ela me passou seu telefone e endereço, para que eu fosse busca-la às 20:40 horas!

Com esse inesperado encontro, hoje, estamos os dois, eu e Adriana com nosso casal de filhos e nossos três netos, comemorando a nossa Bodas de Prata, entre sorrisos de alegrias e felicidades, graças um encontro eventual no final da tarde e, estranhamente, na belíssima e maravilhosa Igreja de São Francisco!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde amigo!