quinta-feira, 15 de junho de 2023

RESPOSTAS INESPERADAS! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Em muitas ocasiões, sem que estejamos imaginando, ouvimos respostas completamente estranhas ao que esperamos do interlocutor. E essa situação ocorre, principalmente quando a pessoa não tem conhecimentos suficientes e, idiotamente, acha de utilizar palavras que não sabem os significados!

Lembro-me que com meus dez anos de idade, ouvi dois homens conversando e um deles falou: Maria da Penha é bonita e vulgar. E o outro confirmou. Eu segui para casa com essa palavra nova na mente (vulgar), que para mim, se a mulher era bonita e vulgar, esse “vulgar” era como se fosse maravilhosa!

Passados uns dias eu estava na Av. J.J. Seabra (hoje Cinquentenário) com o meu pai, quando chegou com lindo carro Pontiac importado, último modelo, pertencendo ao médico José Pinto da Silva, que encostou seu carrão e veio conversar conosco, já que ele havia me operado de uma hérnia e era amigo do meu pai. Depois dos cumprimentos, ele olhou pra mim e perguntou; Gostou do meu carro? E eu, aproveitei para usar minha nova palavra e sorrindo disse de boca cheia: Muito vulgar!

O médico ficou espantado, meu pai me deu um cascudo e me chamou de mal educado, mandando que eu fosse imediatamente para casa. Eu saí chorando sem saber o que foi que aconteceu, pois, apenas fiz um elogio. Cheguando em casa fui direto ao dicionário, e pude ver a merda que fiz. A partir dessa data, nunca mais usei palavras novas, que eu não saiba os significados!

Já adulto, tomando conta das fazendas do meu sogro, fui ao curral ver o gado. Não sei se sabem, mas, os vaqueiros sempre colocam nomes nos bezerros que nascem, e eu vi uma vaca que tinha parido uma bezerrinha, então perguntei se já tinha posto nome e ele me respondei: Já sim, o nome dela é Galcinha!

Eu estranhei o nome esquisito e perguntei: Por que esse nome? E ele respondeu: A mãe dela é Galça (garça), então eu botei ela como Galcinha. Eu deu uma grande risada, e o vaqueiro nada entendeu, apenas deu um sorriso sem graça!

Curioso é que no mês seguinte, a esposa desse vaqueiro estava sentindo umas dores nas laterais do corpo, e ele me pediu que a levasse ao médico. Marcado o dia fui apanha-los na fazenda, chegando no médico, nós entramos os três na sala, ela apontou onde estava sentindo as dores, que eram exatamente nos rins. Então o médico depois de apalpar os locais, perguntou para ela: -A senhora urina com abundância?

E ela ficou meio escabreada, baixou a cabeça, ficando calada. Aí o médico tornou a perguntar, dizendo que somente com a resposta dela poderia receitar os remédios. Por favor, diga-me se a senhora urina com abundância?

Ela morrendo de vergonha, disse: Dotô eu não urino com a bundância, eu urino com a bocetância!

Eu e o médico morremos de rir, e o casal ficou assustado com nossa reação. Aí nós saímos da sala, para que o médico pudesse fazer um exame mais meticuloso!

Esses fatos acontecem cotidianamente, graças aos corruptos governos, que deixam a educação em último plano, quando deveriam dar total prioridade!

*Escritor, Historiador Cronista e Poeta!

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia Antônio vice é ótimo. Estou rindo até agora. Beijos