Antonio Nunes de Souza*
Certas
ocasiões somos envolvidos por uma série de dúvidas, que nos despertam para que
façamos reflexões, mesmo achando que estamos procurando descobrir os sexos dos
anjos ou chifres em cabeças de cavalos!
Não
sabemos as razões específicas, que milhares de pessoas nascem com deficiências
visuais ou auditivas (em alguns casos ambas), e logo que se descobre o problema
genético, ficamos apreensivos, tristes, preocupados, passando a ter pena,
tratando-os como inferiores, deficientes, etc., começando daí a implantação de
complexos nessas pessoas, fazendo com que se sintam diferentes, menos
qualificadas ou úteis, e por consequência, afastando-as do ambiente social
durante a infância e puberdade, prejudicando sensivelmente suas posteriores
adaptações, já que a comunidade social em que vivem, acostumou-se a enxerga-las
como anormais e diferenciadas!
Será
que estou exagerando, ou dizendo coisas desconexas?
Creio
que não! Pois, esse comportamento é peculiar nas próprias famílias,
principalmente por que são levadas pelas emoções das afetividades e, mesmo sem
sentir, criam uma redoma em volta do surdo ou cego, tolhendo inclusive os
desenvolvimentos mais acentuados dos seus outros sentidos, que normalmente
acontece para compensar a falta dos citados!
Certamente, se houvesse uma melhor preocupação
e eficiência educacional nesse sentido, obviamente reduziria sensivelmente a
reação arredia de complexos, que pelo errôneo comportamento, provoca nos surdos
e cegos, dificultando nas suas adaptações, prejudicando suas qualidades de
vida!
Felizmente,
através de iniciativas privadas, encontramos pessoas especializadas e
sensíveis, que dedicam suas vidas se aprofundando em estudos e pesquisas,
promovendo seminários e projetos com técnicas modernas, com resultados
comprovados cientificamente. Divulgando e orientando, não só aos que não ouvem
ou enxergam, como também, e principalmente, os familiares!
Torna-se
importante, que haja uma conscientização de toda classe empresarial, uma vez
que os órgãos governamentais, mesmo tendo uma lei nesse sentido, lamentavelmente,
procedem de uma maneira insólita, deixando muito as empresas a desejar, pois, não estimulam as
empresas a patrocinarem, disponibilizem apoios logísticos, utilizando as leis
que acobertam tais iniciativas, beneficiando-as nas deduções de impostos!
Vale
salientar que, a participação efetiva de projetos voltados para essa área, representam
não só a humanização da empresa, como também a simpatia e gratidão de todos os
envolvidos, tendo uma resposta substancial publicitária, além de um custo
benefício bastante acentuado!
Reconheço
que tem empresas que abraçam esse problema, mas, o número é insignificante com
relação as necessidades, não só nessa vertente como em outras também com
problemas!
“NÃO
SEJA CEGO PARA NÃO VER O PROBLEMA, NEM SEJA SURDO PARA NÃO OUVIR AS SOLUÇÕES!”
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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