quinta-feira, 22 de junho de 2023

AS NUANCES DA VIRGINDADE! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Para os jovens atuais que não ligam, não se preocupam ou desconhecem muitos detalhes sobre a “virgindade”, vale a pena ler com atenção, pois, no passado, esse item tinha uma valorização fantástica e imprescindível na mulher, para tivesse um casamento respeitado pela sociedade. Dizia-se: Fulana é moça, que significava ser virgem, que era o grande dote que as mulheres levavam entre as pernas!

As moças mais sapecas ou tolas, quando se deparava com um namorado esperto, deixavam botar nas coxas e, algumas vezes, também nas regadas da bunda. Porém, na frente era terminantemente proibido, pois, era guardada para a noite de núpcia. E, quando acontecia um namorado transar com a namorada, geralmente ele saia se vangloriando e contando, causando o maior reboliço, com os seguintes dizeres: “João comeu Marilda”, “deflorou”, “tirou de casa” ou “quebrou o cabaço”. E quando se tratava de menor de 18 anos, o cara tinha de casar na marra, senão seria preso. Muitos casavam obrigados pelos pais das noivas, porém, saiam do cartório cada um para suas casas, principalmente quando ambos eram menores. O casamento representava uma lavagem da honra familiar, como se tivessem dizendo: Comeu minha filha, mas teve que casar. Como se isso fosse uma grande reparação!

Já a virgindade masculina, pouco teve de particularidades, pois, normalmente os pais facilitavam e pediam aos amigos mais novos, para leva-los ao puteiro para que eles iniciassem a vida sexual, que no meu tempo quando algum dava uma trepada, diziam “que ele quebrou o cabresto”. Com os filhos homens os pais sempre foram mais liberais, impondo nas mentes deles que os homens são superiores, e tem mais liberdades e direitos nos comportamentos!

Vocês viram que a virgindade, tinha um valor grande e imprescindível para uma moça conseguir um casamento, pois, se a ela tivesse a fama que já transou, ninguém queria, já que seria chamado de “pedreiro”, por estar tapando o buraco que outro fez. Meu avô mesmo, que era maravilhoso, porém, muito machão, sempre me dizia: Meu netinho só case com mulher virgem, pois, “ mulher que conhece mais de uma pica, em duas não fica!”, Eu ria bastante, não levando muito em conta suas citações, mas, ficava com a pulga atrás da orelha!

Com o passar do tempo, tudo isso acabou completamente. Hoje pra você conseguir uma virgem para casar, praticamente vai ter que paquerar a futura noiva na porta do jardim infantil, uma vez que, pela evolução do tempo, as imposições das mulheres pelos mesmos direitos, “ficar, transar, amancebar, passar fim de semana acampados numa barraca, dormir na casa do namorado, sumir por dois ou três dias”, tudo isso tornou-se naturalíssimo, e super difícil de ser controlado pelos pais. A preocupação das mães é lembrar para elas tomarem a pílula, ou usar preservativos, evitando netos provenientes de simples namoros ou “ficadas” eventuais!

Pode parecer que estou exagerando, mas, tenho convicção que, seguramente, na noite de núpcia, o hímen já foi para o espaço há muito tempo e, na maioria das vezes, nem foi quem está casando que a desvirginou!

Felizmente, acabou esse tolo tabu com relação a virgindade!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

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