Antonio Nunes Souza*
Na
minha longínqua e distante infância, ficava apavorado nas aulas de catecismo,
quando tinha de dizer os dez mandamentos, com referência aos pecados, chegava
ao quinto e, nunca imaginava que alguém fosse capaz do absurdo de matar outro ser humano!
Para
mim, aquela observação divina, vinda através das tábuas de Moisés, era apenas
um sinal de advertência, para que nunca se pensasse em tal coisa, os homens se
respeitassem e vivessem cordialmente, mesmo tendo ideias e ideais diferentes.
Compreendia eu que, jamais aconteceria um crime entre os homens, a não ser
aqueles inevitáveis nas guerras!
Com
o passar do tempo e sem motivos concretos que merecessem tais atitudes, comecei
a ver acontecer algumas mortes provocadas por ganâncias, roubos de
propriedades, expulsão de colonizadores, e até por questões tolas de
discordâncias em assuntos comerciais, políticos e esportivos.
A
coisa foi crescendo de tal forma, que, praticamente, passou a ser uma maneira
comum, normal e simples, de se resolver uma questão que na justiça seria
demorada, com apenas uns tiros, ou facadas dadas pelos seus capangas, ou
bandidos das suas quadrilhas.
Foram
criados tropas de selvagens especializados nessa monstruosa tarefa que, por
preços até módicos, matam tanto pessoas simples e comuns, como também
autoridades de altas patentes. Na atualidade estão matando diariamente em
função de dívidas de drogas, desvios de numerários referente as vendas,
disputas por pontos e postos de distribuições. E, infelizmente, a polícia que é
a responsável pela repressão, sempre é também vitimada nos embates contra armas
pesadas e pesadíssimas, chegadas aqui através de contrabando.
Lamentavelmente,
o quinto pecado ‘não matarás”, passou a ser completamente desrespeitado, talvez
o mais cometido atualmente, que chegou ao absurdo e ridículo motivo de
acontecer, em abundância, nas brigas de torcidas de futebol. Esses eu os
caracterizo como animais completamente fanáticos, desumanos e irracionais!
Infelizmente,
a mídia, o cinema e vídeos que são apresentados para as crianças, sempre o
artista principal, o grande herói é aquele que mata todo mundo. Sendo essa a
grande lição que estão passando para nossos descendentes!
Vamos
nos cuidar para que não passemos a ser vítima desse pecado desrespeitado, pois,
vergonhosamente, passou a ser até comum quando roubam um simples telefone
celular, mesmo que a vítima não reaja!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral262hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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