Antonio
Nunes de Souza*
É
de se lamentar, profundamente, quando temos a tristeza de ouvir semelhante
frase: “Professora? Tô fora!”, pois exatamente é a profissão que mais
necessitamos, não só e principalmente em nosso país, como em todas as partes do
mundo. Evidentemente porque a educação é a base de desenvolvimento em todo
planeta, com ampliações de saberes, sedimentações em todas outras profissões e,
mais que necessária, na triagem política dos nossos administradores e
legisladores!
Mas,
como se dedicar de corpo e alma numa linda e magnifica vertente, tendo e
sentindo uma desvalorização aviltante, com salários péssimos e atrasos
constantes, tendo que fazer, até várias vezes anualmente, greves para que
recebam suas verdadeiras merrecas para sobreviverem?
Como
se vestirem adequadamente, tendo uma postura de mestra, ou mestre, para se
apresentarem nas salas de aulas?
Como
fazer cursos de atualizações, seminários, palestras, comprar livros que
fortaleçam seus conhecimentos para que sejam repassados?
Como
educar os seus filhos dignamente, ajudar na sustentação familiar, ou sozinha,
bancar suas despesas básicas e essenciais?
Como
poder ter umas férias reparadora das suas forças desprendidas durante o ano
letivo, ou até fazer uma modesta viagem de turismo ou ampliação e captação de
novas técnicas e conhecimentos?
Infelizmente,
para o mal de nossas crianças e alunos, essas coisas bastante fundamentais e
necessárias, são ridiculamente desprezadas pelos políticos brasileiros que,
absurdamente, trabalham para que o ensino deixe a desejar e possam continuar
sempre manipulando o pobre povo!
Temos
que bater palmas, estender um tapete vermelho para as guerreiras e lutadoras
que enfrentam tais circunstâncias e, heroicamente, desempenham com amor e
carinho essa profissão tão necessária como o ar que espiramos!
Vamos
nos unir e lutar com unhas e dentes, alertando o povo para escolher homens que,
realmente, se preocupam em mudar esse cenário. Pois, é verdadeiramente triste,
ter que ouvir da juventude que está escolhendo suas profissões, essa triste
frase: “Professora? Tô fora!”
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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