domingo, 31 de janeiro de 2016

O silêncio dos inocentes!

Antonio Nunes de Souza*

Como eventualmente faço, estou mais uma vez usando o título de um famoso filme americano protagonizado pelo maravilhoso ator inglês Anthony Hopkins e a majestosa atriz americana Jodie Foster!
Porém, nada tem a ver com o que vou escrever com relação ao “enredo” da película, cuja a estória é policial e de suspense. Vou atentar para os comportamentos habituais do povo, que, pouco orientado, reivindicam coisas descabidas, em função das causas comprovadamente climáticas procedendo erroneamente, com barreiras nas estradas, avenidas e ruas, incendiando ônibus e carros, atravancando o andamento normal, quando, se pensarem apenas um pouco, vão perceber que essas atitudes, além de não fazerem bem a ninguém, não tem condições de resolver as questões, já que algumas delas independem de verbas ou dos poderes públicos!
Vou colocar em questão apenas um, bastante importante, necessário e básico, que é o fornecimento de água potável! Ora, como se pode fornecer o líquido sagrado a população se não chove, as bacias provedoras estão secas, estorricadas? A condição vexatória da EMASA de ter que servir uma água salobra, captada perto da vertente marinha, apenas é uma maneira de, mesmo com uma qualidade nada boa, não deixar a população sem, pelo menos, água para os gastos básicos de subsistência. Não é uma solução, mas, trata-se de uma atenção e satisfação à sociedade que, mesmo não sendo o ideal, não deixa ninguém com falta total!
Nada adiantaram as desagradáveis atitudes agressivas, contra os órgãos públicos, pois, nada eles tinham para oferecer, dadas as circunstâncias da falta de chuvas regionais. Mas, bastou chover um pouco, as bacias tenderem a normalizações, o que se percebe é o “silêncio dos inocentes”. Ou seja, o povo, que era o grande reivindicador, esquece completamente que deve, agora sim, exigir a construção da tal barragem salvadora, prometida há dezenas de anos, para que no próximo ano estejamos providos de um abastecimento eficiente e satisfatório. Mas, infelizmente, o que estamos assistindo é o esquecimento do recente problema, pois, já que temos água, pra que se preocupar com barragens?
Esse é, lamentavelmente, o “silêncio dos inocentes”, apresentado pelo pobre povo que, mesmo sofrendo anualmente as mesmas questões, perdem temporariamente as suas memórias! Agora é que é a hora de fazer as cobranças, principalmente ao governador Rui que, nos palanques e na mídia, declarou que já assinou a autorização da obra. Aproveitem o ano de eleição para que forcem esses políticos fazerem as obras prometidas e merecedoras, para atender a carente população!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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