Antonio Nunes de Souza*
-Oi Rosana querida, aqui é Nonato tudo bem?
-Tudo
massa real! O ano começou, politicamente uma merda, mas, para mim, tudo está
correndo muito bem!
-Bacana!
Pra mim também nada de especial, mas, também, nada me sacaneando ou causando
aborrecimentos! Liguei para lhe convidar para irmos ao barzinho novo que abriu,
que, além de MPB ao vivo de primeira, serve algumas iguarias deliciosas. Que
tal?
-Pô
meu querido amigo. Hoje não estou afim de sair, vou aproveitar e colocar
algumas coisas de trabalho em dia. Uma pena!
-Oh!
Meu bem, estou com saudades de você, lhe tenho o maior carinho, estou solitário,
o programa é legal, que mais posso fazer?
-Com
esse “lero” tão meigo e carinhoso, você quebrou minhas forças e, fazendo um
esforço, vou mudar meus planos e aceitar seu convite com características de
carência! rs rs rs
-Legal
e vai ser bom e divertido. Amanhã você faz suas atribuições de trabalho! Que
horas posso passar aí para lhe pegar?
-Passe
as 21 horas que estarei pronta a sua espera. Continuo morando no mesmo
apartamento. Estou lembrando porque tem quase um ano que não nos vemos, devido
as agitações dessa vida louca!
-Valeu
querida! Na hora estarei aí. Beijos e obrigado por aceitar meu convite quase
encima da hora! Tchau e até mais tarde!
É
preciso que eu diga que, sinceramente, conheço Rosana há mais de 15 anos,
quando ainda era uma gatinha recém casada e, depois de quatro anos se separou,
e hoje com seus 35 anos ficou mais bonita ainda. Realmente ela é daquelas
mulheres ou pessoas que, com o tempo vão ficando mais sexy e sedutoras. E eu,
mesmo querendo sempre algo, ela nunca me deu “mole”, sempre me tratando como um
bom amigo. Mas, desta feita, juro que minha intenção é conseguir o que desejo
há muitos anos: transar gostosamente com ela!
No
horário combinado, apanhei Rosana, que estava linda enfiada em um vestido de
Jesse colado ao seu lindo corpo, deixando as marcas da calcinha e, seus seios
ainda pontudos, pois não estava usando o velho e desprezado sutiã. Só em ver,
sinceramente, veio em minha mente as maiores fantasias, eu tirando aquela roupa
jogando para o lado, me debruçando sobre aquele corpo e, sem delongas, amando-a
com a maior ferocidade!
Entramos
no Barzinho super bem transado em comparação aos já existentes na cidade, no
pequeno palco, Fernando Caldas dedilhava o violão e, com desenvoltura, cantava
o que existe de melhor na musicalidade brasileira e internacional. Tomamos
vinhos, comemos algumas coisas, conversamos, rimos muito, matamos as saudades
dos desencontros, mas, na minha mente, só passava o final do encontro, nós dois
numa cama agarradinhos e entrelaçados como dois irmãos siameses!
As
horas passaram, para mim, demoradas pra caralho, mas, para ela, que, olhando o
relógio, viu que já passava das duas da manhã, disse: como o tempo passa
rápido! No íntimo, apenas dei uma risadinha irônica pelos desencontros de
pensamentos.
Pedi
a conta e vi que era a hora de jogar a última cartada para conseguir uma noite
maravilhosa com minha querida e deslumbrante Rosana: Querida você gostou de ter
saído?
-Cara,
adorei, foi uma noite deliciosa! Muito obrigada!
-Nada
de agradecimentos querida, o prazer foi meu em estar com você. Mas, creio que
não é pedir demais, depois de uma noite tão gostosa e romântica você ir ao meu
apartamento, tomarmos a última taça de vinho, na manhã seguinte lhe levarei
para casa, você descansada, feliz e cheia de disposição para sua atividade.
Vamos?
Poxa
Nonato, infelizmente não vai dar, imagino que o que já aconteceu na noite foi
maravilhoso, nosso reencontro cheio de coisas agradáveis, mas...juro até que
gostaria, porém nem preparei minha cabeça para isso e, ainda por cima, estou “naqueles
dias”!
Macaco
velho, não quis insistir para não quebrar o encanto da noite, como também senti
que as coisas estavam mais abertas para o futuro. Levei Rosana para casa,
dei-lhe um abraço gostoso para ela sentir o que estava perdendo e, com
beijinhos nos despedimos, ficando de marcarmos outra oportunidade!
Cheguei
em casa, ainda cheio de tesão frustrada, e, quando tirei a roupa, não me
contive apelando para uma genérica punheta dedicada a minha querida, gozando “m
a r v i l h o s a m e n t e”, e pensei: Coitada dela, perdeu uma transa que
seria bastante especial!
Tomei
um bom banho e fui cair nos braços de Morfeu o rei do sono! Pois, comigo, nunca
deixo o jogo terminar 0 x 0, tem que ter algum gol, mesmo que seja de mão
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com!
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