Antonio Nunes de Souza*
Para
poder falar com mais base e tranquilidade sobre esse assunto, temos a
obrigatoriedade de voltarmos a criação do mundo, dividindo as opiniões, a
Divina e a do cientista Darwin, tendo o cuidado de não ser um herege pecador e
nem ser um historiador que despreza as teorias!
No
primeiro caso, de conformidade com a igreja e a Bíblia Sagrada, Deus em sete
dias criou o mundo e ficou curtindo suas belezas, até que achou que estava
faltando alguma coisa. E foi aí que veio a sua brilhante mente, que deveria
colocar no mundo uma figura que fosse a sua semelhança, perpetuando sua pessoa
naquele lindo e bucólico paraíso. Como devia ser um apreciador de artes
plásticas, oleiro de origem, pegou uma quantidade de barro e, sem demora,
estava pronta mais uma das suas miraculosas invenções: O homem!
Sorridente
e feliz (mesmo super santificado, no íntimo devia ter suas vaidades). Achando
que já estava tranquilo e com tudo, verdadeiramente, pronto, começou a ficar
brincando com a sobra do barro e, esfregando com as mãos sobre as pedras,
gostou daquelas cobras de barro e, colorindo-as todas com grandes
diversificações, fez milhares de serpentes, pequenas e grandes, venenosas ou
não, porém, lindas e fascinantes (não sei para que as venenosas, pois passamos
milhões de anos para saber utilizar os venenos contra algumas doenças). Depois
disso, veio a sua preciosa mente a ideia de fazer uma companhia para o homem,
já que seus animais criados eram todos casais. Foi aí que, sem dó nem piedade,
mesmo tendo barro a vontade, resolveu extirpar uma das nossas costelas, para
esculpir outro ser que seria a companhia do homem: A mulher! E, como estava
ainda com o entusiasmo das cobras esculpidas, fez a mulher, praticamente, igual
ao homem e, distraidamente, com as belezas, venenos, sagacidades, espertezas
das serpentes. Um vacilo imperdoável! Não houve maldade, apenas uma distração
divina que nos persegue até os dias de hoje. E também tem uma gama de bonitas,
não venenosas e excelentes companhias. Sinceramente, não conheço nenhuma,
mas...dizem que tem!
Então, foi dessa forma que Nosso bondoso Deus
criou a companhia e companheira ao mesmo tempo, deixando ao critério humano as
suas adaptações dentro da sociedade! E, até hoje, não nos ensinou um antídoto
bom para as picadas da serpente mulher!
Já
o nosso cientista Darwin, menos romântico e baseado em pesquisas, estudos,
escavações e descobertas comprobatórias, nós, essas belezinhas bípedes, viemos
dos macacos até chegarmos aos pitecantropos eretos, pegando nossas companhias
na base do tacape ou metendo um osso fêmur na cabeça, levando-as para os
cantos, mandando brasa, até completar nove meses para aparecer mais um sagaz
macaquinho. Não havia nada de muitos carinhos, muito menos uniões privadas. Os
direitos sexuais eram de todos e os machos ditavam as normas, Tanto fazia ser
companhia como companheira, todas estavam sempre à disposição, ou cediam na base
da porrada. Método nada convencional, mas, funcionou por muito tempo e, até
hoje, tem uns machistas que continuam adotando!
Eu
aprendi cedo que não preciso de ninguém para me completar e, muito menos, pra
me pentelhar sacaneando meus restinhos de anos. Creio que, uma boa empregada
seja o ideal para cuidar de tudo e, tranquilamente, eu ser um “velhinho
ficante”. Nem a Juliana Paes eu quero para companhia ou companheira. Ela pode
vir, passar a noite, mas, pela manhã pegar seus “paninhos” e se picar para sua
casa! Curto minha solidão, lendo, escrevendo, fazendo e respondendo e-mails,
pesquisando, etc., pela minha experiência de vida já tenho uma opinião formada
que, logicamente, não é a dona da verdade, mas, procuro segui-la: “As mulheres
quando são muito informadas e independentes são chatas e polêmicas. E quando
não tem essas qualidades, são mais chatas ainda!” Não sou machista não em
nenhuma hipótese, apenas um homem sincero que, dos lados dos homens, pensa da
mesma forma!
Com tudo isso, quero apenas dizer que nós
somos completos e não devemos pensar em “bengalas” humanas para ser feliz!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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