Antonio
Nunes de Souza*
Quando
pensamos que já vimos tudo, que a vida em nada mais é capaz de nos surpreender,
sempre surgem fatos inusitados e interessantes que, a grande maioria das
pessoas, não atentam, ou percebem, coisas, atos e ações acontecendo as
escondidas dentro da nossa sociedade, dita pudica e repressora, mas cheia de
comportamentos entre quatro paredes que, sinceramente, colocariam os pobres
incautos puros e inocentes de queixos caídos!
Para,
simplesmente, dar uma conotação mais forte que a astúcia de Luiz Gustavo, vou
contar a sua história desde o tempo de rapazinho, quando, sem eira nem beira,
tentava a sorte de várias maneiras, porém sempre forçando a barra e conseguindo
frequentar os bons ambientes.
Bonito
e bem falante, tornou-se um jovem educado, sabendo entrar e sair em qualquer
lugar, sempre deixando sua presença como marcante. Então, como essas
habilidades foram sendo apreciadas, conseguiu um convite de um modesto jornal,
para que, nos eventos, anotasse os detalhes acontecidos e passasse para o
jornalista da área social.
Com
essa oportunidade, passou ele a ser mais notado e convidado, pois, como sabemos
todos, as dondocas só faltam lamber os pés dessas pessoas, principalmente as
emergentes, no sentido de ter uma notinha de duas linhas nas colunas. Por uma
foto, são capazes de dar o chicote. Luiz Gustavo, já meio cercado por madames
jovens, coroas e moças, começou a ter e usar trejeitos “aviadados e femininos”,
já que elas adoram tais tipos que são responsáveis por essa vertente!
Sabido,
comprou uma máquina fotográfica e, com esse instrumento ultra importante para
imortalizar as “mobílias de eventos”, passou a clicar todos aqueles merecedores
e que podiam dar retorno. A essa altura já era o “amorzinho da soçaite”,
paparicado por toda roda feminina, principalmente.
Já
com sua fama e ampliação de conhecimentos, o jornal lhe deu uma página, para
que nela fossem expressas, as fervorosas e tolas dondocas, onde ele,
sabidamente, fazia listas das mais elegantes, mais chiques, as mais alegres,
sempre sendo mais em alguma coisa para encher o ego dessas pessoas vazias!
E,
como disse S. Francisco em sua oração: É DANDO QUE SE RECEBE!”, começou a
acontecer. Como pelos seus trejeitos e roupas esvoaçantes, sua fama de gay já
era vasta e comum em toda comunidade. E ele, cheio de treta, segurava essa
barra, se beneficiando de bons presentes, patrocínios dos maridos e, nas
escondidas transava direitinho com a turma esvoaçante da sua coluna social, já
super conhecida e causando invejas em quem não saía despontando com alguns
elogios!
Parece
um exagero, mas, com uns cinco anos ele já havia comido as mais elegantes, as
que melhor sabiam receber, as que mais se destacavam nos turismos
internacionais, até algumas de meia idade que já foram bonitas e hoje são
apenas promotoras de “Chá de torta”.
Fui
ao seu enterro, onde podia-se ver dezenas de madames chorando, toda sociedade
prestigiando. Entre os homens, principalmente os machões, o comentário era
dizendo: Luiz Gustavo era viado, mas foi um cara legal para nossas mulheres e
nossa sociedade. Já pela ala feminina o pensamento era bem diferente: Perdemos
não só o nosso maior promotor social, como também um grande e gostoso amante
sem que ninguém percebesse!
Luiz
Gustavo foi um verdadeiro GAY...RANHÃO!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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