Antonio
Nunes de Souza*
Como
trata-se de um depoimento de um gay e uma lésbica, é importante que se leia a
primeira parte, para melhor compreensão da miraculosa história envolvendo o
homossexualismo, hoje taxado pelo Juiz Federal Waldemar como uma doença,
simplesmente curável!
Dia
seguinte acordando cheio de expectativas, embora achando as drogas prescritas
bem estranhas, comecei minha caminhada com afinco, pois, na verdade, gostaria
de mudar minha linha sexual, mas, que fosse garantida a reversão, sem perigo de
recaídas!
Uma
hora depois, liguei para minha amiga que, exageradamente, já estava achando
algum efeito dos medicamentos! Imaginei logo que me pareceu que o danado do
juiz, entende mesmo de viadagem, e tinha descoberto algo que a ciência não
tinha conseguido com centenas de anos de pesquisas, físicas e laboratoriais!
O
fato é que continuamos obedecendo todas as instruções, nos dias e horas
determinadas, minha amiga recebeu pelo Sedex dez ampolas de Picatol B12, para que
fosse aplicada em suas nádegas, em dias alternados, assim como eu, que recebi
também dez ampolas de Grelociclina D24 para que me aplicassem na veia.
Obedecemos piamente mais essa indicação, pois, o importante era ver a cura
realizada!
Nesse
interim a televisão bombou com a notícia que uma equipe de cientistas chegou a
conclusão que, realmente, o dr. Waldemar Cláudio de Carvalho tinha toda razão.
No homossexualismo masculino detectamos um vírus que batizamos de CHIBUNGODIUM
VIADORUM e no feminino capturamos uma perigosa bactéria que batizamos de
SAPATODIUM ROÇARIUS e que, com essa descoberta, breve já teríamos uma vacina
para ser aplicada, imediatamente, no nascimento da criança! Vejam vocês, o tal
juiz tinha razão!
Ficamos
felizes, mas, em todo Brasil e no mundo, foram milhares de passeatas GAYs
protestando contra os cientistas e a tal vacina, pois, categoricamente, dar a
bunda e colocar as aranhas para brigar, já tinha fé de oficio e,
verdadeiramente, estavam quebrando a lei da liberdade: QUEM TEM O QUE É SEU, DÁ A
QUEM QUER!
Nós
não entramos nessa briga, terminamos nosso tratamento, começamos a namorar os
dois durante a medicação, chegamos até transar algumas vezes e, curiosamente,
me apaixonei pelas vaginas, assim como minha amiga que não largava meu pau,
terminamos fazendo um casal perfeito.
Nos
apresentamos no dia determinado, já com alianças de noivado, aos beijos e
abraços que, até o médico ficou estupefato e feliz por ver o resultado do seu
tratamento. Com isso, sendo o primeiro a me apresentar totalmente curado,
ganhei o carro de presente, além de uma lua de Mel no Morro de S. Paulo
patrocinado pela Revista Caras!
E
olhe que tudo isso foi feito pelo SUS. Uma prova que o governo não se preocupa
apenas de roubar. Interferem também em outras sacanagens!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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