segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O ginecologista!

Antonio Nunes de Souza*

Bastante conhecida, se duvidar, mundialmente, a piada infame com os ginecologistas que diz: “Ele trabalha onde os outros se divertem!” E, embora seja um deboche, também não deixa de ser uma realidade profissional na vida dos médicos que escolheram essa especialidade!

Doutor Celso, Celso Fernandes Martins, homem preparadíssimo e cheio de diplomas e certificados, frequentador assíduo de Congressos e seminários, mesmo com seus quarenta anos já era considerado brilhante e super confiável na profissão, dada a sua qualidade e conhecimentos, como também pela retidão do seu impecável comportamento no tratamento com suas requintadas, ou não, clientes! Muito bem casado, com três filhos (duas meninas e um menino), vivendo uma vida saudável, bons rendimentos e uma respeitabilidade das maiores!

Quando suas clientes, em posições ginecológicas se expunham para serem efetuar os exames de praxes e habituais, para ele era como se estivesse apenas examinando uma qualquer parte do corpo, sendo que a que era especialista era aquela que estava visível em sua frente. Isso, até o dia que entrou em seu consultório Louise Irene Paskowisky, senhora de origem estrangeira, belíssima nos seus 35 anos que, casada há quatro, não conseguia ter filhos. Somente nos primeiros contatos, percebia-se, que aquela mulher era diferenciada e lhe causou certo impacto visual de admiração, sentindo ele, pela primeira vez, uma espécie de desejo momentâneo por uma cliente!

Porém, como profissional de ponta e respeitador emérito na sua atividade, policiou-se, respirou fundo e voltou a ser aquele médico competente e de comportamento ilibado. Conversaram sobre o assunto e, como fazem os profissionais responsáveis, solicitou uma batelada de exames laboratoriais e, como é comum, chamou sua enfermeira e colocou Irene na cadeira ginecológica para que fosse feita uma visão em loco vaginal para verificar se existia algo aparente. Disse-me, posteriormente, que ficou completamente abobalhado e estarrecido com a beleza daquela linda vagina, com duas bochechinhas laterais, clitóris lindo e quase embutido, ausências daqueles babados salientes e sem aquela característica forma de “boca de macaco banguela”!
Com luvas, um pouco trêmulo, começou a fazer toques de reconhecimentos científicos, observando se existia alguma anomalia ou algo a ser corrigido, chegando a conclusão, que aquela maravilha aberta em sua frente, era uma xoxota capaz de enlouquecer o mais santo dos homens!

Marcou uma segunda visita, já trazendo os resultados dos exames clínicos, se despediram com o respeito impecável de sempre, mas, ligeiramente, percebeu que não foi somente ele que sentiu algo diferenciado nesse primeiro contato!
Passados alguns dias, retorna Irene com um vestido de seda que desenhava seu corpo de um maneira um tanto provocante, levando nas mãos um envelope com uma pasta contendo os resultados dos exames efetuados, para que Doutor Celso, com sua habilidade profissional, determinasse o que deveria ser feito para corrigir a deficiência existente. Nesse dia, curiosamente, sua enfermeira não foi trabalhar por estar doente e ele foi obrigado a ser o médico e atendente ao mesmo tempo. Olhou a agenda e viu que Irene era a última cliente do dia, sendo já 16 horas e, que depois, encerraria seu expediente. Pediu que ela entrasse, fechou a porta principal da entrada, já que estaria lá dentro e poderia entrar algum estrando e perigoso personagem! Começou a olhar, criteriosamente, os resultados, observando se havia constatado alguma anomalia que provocasse a infertilidade e, tendo dúvida em um exame, resolveu ele mesmo, em seu laboratório fazer para que a confiabilidade fosse a maior possível. Deu uma engomada camisola para ela, pediu que se desnudasse e colocou Irene na cadeira ginecologia. Colocou suas luvas e com sua precisão médica, passou a fazer uma massagem no clitóris, pois era necessário colher a secreção para ser examinada a existência da acidez acima do normal! Sentia a cada instante que Irene se retorcia toda, demonstrando estar sentido um grande prazer, ele chegou para o seu lado e perguntou se estava tudo bem. E, sem que esperasse, ela passou a mão em seu membro, segurando firmemente e, sem nenhuma cerimônia ou vergonha, pediu para que ele a penetrasse imediatamente. Um pedido desse para quem já desejava ardentemente, foi mais que uma ordem. Deitei-a na posição mais cômoda possível, começamos a introdução de uma das maiores transas que já teve, vendo Irene gozar convulsivamente e múltiplos, enquanto ele não parava de meter freneticamente o seu membro, gozando duas vezes seguidas! Nisso tudo, não existia nenhum diálogo a não ser de nossos genitais, um dentro do outro!

Terminada essa atuação sexual inesperada, a impossibilidade de colher o matéria, pois ficou misturado ao espermatozoide, ele marcou uma nova ida pra fazer o que realmente era preciso. Como se nada tivesse acontecido, se despediram e cada um seguiu para suas casas!
No retorno da semana seguinte, ele seguiu os comportamentos normais, fez a massagem necessária, colheu o material, mas, com uma troca olhares, foi a conta para que a mesma coisa acontecesse, pois, sua enfermeira só entra na sua sala se for chamada, para jamais interromper os seus exames e também não causar constrangimento as clientes. Desta feita não houve apenas penetrações vaginais, uma vez que estavam ávidos e loucos para fazerem todo tipo de sexo, inclusive o oral e anal. Uma liberdade e bom gosto, na prática do melhor dos esportes!

Doutor Celso fez o tratamento que Irene precisava, ela teve, posteriormente dois filhos e, curiosamente, o mais velho é a cara de Celso!

Nunca mais se viram, ficando essa lembrança apenas e, como uma lição pelo seu pecado de sair da linha dentro da profissão, Celso, passou a ser fazer exames em suas clientes, com a presença categórica da sua enfermeira!

Uma prova que nunca estamos imunes as tentações da “vida louca” que vivemos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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