quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A executiva empresária!


Antonio Nunes de Souza*

Meus pais se separaram, alguns anos atrás e, como ele era italiano, resolveu voltar para sua terra, onde havia deixado familiares, para continuar e refazer a vida na sua própria terra natal. Ele tinha uma loja de materiais elétricos que deixou integralmente para eu e minha mãe. Mas, minha mãe, arranjou um novo casamento em menos de um ano e foi morar em Portugal, cujo novo marido era português, dono de vinhedos em Porto. E, com essa atitude, passou a loja em meu nome e me colocou como uma nova executiva e empresária que, com meus 20 anos desconhecia completamente a sistemática de funcionamento da modesta, porém, bem surtida loja. Até então seu Abílio que já trabalhava desde o tempo de meu pai, foi quem ficou a frente movimentando a casa! Porém, logo que herdei em definitivo a empresa, seu Abílio se aposentou e foi para outra localidade. Vejam vocês como me tornei de uma hora para outra, uma pequena e inexperiente comerciante. Mas como sempre fui resolvida em minhas coisas e bastante esperta, deixei a faculdade de economia e fui a luta com unhas e dentes!

Essa explicação que dei acima, seria necessário para que vocês entendessem como cheguei a esse status, sem nenhuma previsão para tanto. E, arregaçando a “saia”, coloquei logo um anuncio procurando uma pessoa experiente na área para me ajudar a tocar o barco pra frente. Não deixei a casa fechada um dia sequer, pois, mesmo sem entender porra nenhuma, os clientes sempre sabiam o que desejavam e me ajudavam a encontrar.

Para minha salvação, com seu vasto e qualificado currículo, apareceu Luiz Alberto Soares e, mesmo que ele não tivesse aquela experiência toda com seus 30 anos, eu teria lhe contratado, pois estava completamente perdida e precisava de alguém ao meu lado, principalmente um homem com conhecimentos da causa! Acertamos alguns detalhes com relação a remuneração, comissões, horários, etc., e ele vendo que eu estava “perdida”, facilitou ao máximo, também por estar desempregado há mais de um ano. Seu Soares foi o nome que lhe batizei enfatizando a sua posição de uma espécie de gerente!

Sem querer exagerar, as coisas passaram a correr tão bem que, já no primeiro ano, com a administração minha e a experiência de “compras e vendas” de seu Soares, nossa loja cresceu mais de 100% do que poderíamos esperar! Isso nos deixou bastante felizes, além dos mais dois empregados que tivemos que colocar. E, como é lógico e comum, resolvemos fazer um jantar regado as mais gostosas iguarias, acompanhado de vinhos italianos que eu já deliciava com meu pai e portugueses que minha mãe, eventualmente, me mandava!

Foi uma noite maravilhosa em minha casa, os dois funcionários foram embora logo depois da meia noite, ficando somente eu e seu Soares. Curiosamente, nunca tinha olhado para seu Soares como um homem, apenas um funcionário responsável e competente. Mas, depois dos vinhos e drinques diversos, vi que ele era um rapaz bonito, olhos bem negros, cabelos tipo anjo, bem cacheados, estatura média e um físico admirável nos seus 31 anos. Aí, como não sou de ferro, comecei a dar “mole”, coloquei uma música romântica e chamei ele para dançar. Foi então que, o que poderia acontecer aconteceu. Passamos a nos esfregar com frenesi dançando colados mais que gêmeos siameses e, apagamos a forte luz da sala para ficar uma gostosa penumbra, começando uma sacanagem sem limites, tirando nossas roupas, deitando no tapete, iniciando uma deliciosa trepada numa avidez de quem estava sedento por sexo. E esse era o meu caso, pois, havia meses que tinha terminado um modesto namorico sem maiores compromissos!

O fato é que ficamos transando de todos os modos e posições, sem os pudores e preconceitos idiotas de “isso não pode”, fazendo tudo que nos dava prazer e orgasmos constantes. Parecia uma guerra benéfica de sexo. Eu com as pernas abertas ou de cócoras, ou quatro pés e Soares incansável enfiava sua dura e firme rola em minha vagina ou em outros lugares que desejasse!

Exaustos, isso depois de horas, já no meio da madrugada, nos olhamos e rimos bastante, sem demonstrar nenhuma culpa, apenas, o prazer dos prazeres sentidos. Tomamos um bom banho e, por incrível que pareça, na banheira de hidro massagem, Soares me pegou e, sem dó nem piedade, enfiou todo sem membro ensaboado na minha bunda, deixando-me, mais uma vez louca de tesão!

Passados quatro anos desse inusitado fato, temos dois filhos: Soares júnior com três anos e Maria da Penha com um ano. Tão lindos como aquela noite de comemoração inesquecível!


Hoje, se você passar pela Avenida ACM, poderá ver nossa majestosa loja com um grande letreiro:
SOARES & RASTELLI CIA. LTDA.
Meu nome é Gioconda Pedreira Rastelli!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com


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