segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Ajuda inesquecível!

Antonio Nunes de Souza*

Sentado na beira da piscina da minha boa casa, embaixo de uma sobrinha bem grande que me protege do sol diretamente, com meus 56 anos de idade, passei a recordar o duro filho da puta que dei para conseguir esse status de classe A!
Estou pensando isso porque, de família paupérrima, comecei com subempregos, “faz tudo” em minha cidade Arco Verde-PE., vim para a Bahia com 16 anos e, continuando com minha vida dedicada a trabalhar seja no que fosse, fui instalando pequenos negócios que pareciam ridículos e sem futuros, até que um dia, animado por amigos, resolvi ir, num “pau de arrara” numa excursão a Bom Jesus da Lapa!

O caminhão ia carregado de romeiros, mas, com certeza a maior carga estava em minha cabeça, cheio de esperanças e fé, contando com a “ajuda inesquecível” que tanto precisava e merecia, pela minha vida pacata e frequentador assíduo das missas dominicais!
Então, depois de acompanhar as romarias, ajoelhar-me pedindo fervorosamente e com lágrimas nos olhos um “empurrãozinho” nas minhas modestas experiências de micro empreendedor, juro que senti algo tomar conta de mim, como se fosse um assentimento, ou atendimento das minhas orações.

Voltei a cabeça e, de longe, vislumbrei o grande quadro de Bom Jesus da Lapa que ornamento todos esses anos a minha casa, como se fosse (e é, com certeza) meu anjo da guarda e protetor eterno!).
Procurei aumentar minha garra, trabalhar fortemente e, graças a Deus e meu bondoso Bom Jesus da Lapa, hoje desfruto de um vida estável, boa, até invejável certo ponto!
Na verdade, não só acreditei na bondade santificada, como também lutei muito pelo meus sonhos e ideais, acreditando em mim como um guerreiro fui a luta e, finalmente venci. Tenho uma transportadora com quarenta caminhões (carretas e baús) viajando pelo Brasil a fora, tenho um casal de filhos formados e casados que, seguindo meu exemplo, me ajudam na administração empresarial.

Curiosamente, nesses trinta e cinco anos passados, perdi o contato com os companheiros de viagem da Romaria e, sinceramente, gostaria de saber se eles também foram abençoados!
De tudo isso, o importante é que se reconheça que, grande parte desse vertiginoso crescimento, foi fruto da minha luta para realizar meus sonhos, jamais fiquei parado dizendo “que era impossível” esperando que as coisas caíssem do céu!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letra – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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