Antonio
Nunes de Souza*
Sentado
na beira da piscina da minha boa casa, embaixo de uma sobrinha bem grande que
me protege do sol diretamente, com meus 56 anos de idade, passei a recordar o
duro filho da puta que dei para conseguir esse status de classe A!
Estou
pensando isso porque, de família paupérrima, comecei com subempregos, “faz
tudo” em minha cidade Arco Verde-PE., vim para a Bahia com 16 anos e,
continuando com minha vida dedicada a trabalhar seja no que fosse, fui
instalando pequenos negócios que pareciam ridículos e sem futuros, até que um
dia, animado por amigos, resolvi ir, num “pau de arrara” numa excursão a Bom
Jesus da Lapa!
O
caminhão ia carregado de romeiros, mas, com certeza a maior carga estava em
minha cabeça, cheio de esperanças e fé, contando com a “ajuda inesquecível” que
tanto precisava e merecia, pela minha vida pacata e frequentador assíduo das
missas dominicais!
Então,
depois de acompanhar as romarias, ajoelhar-me pedindo fervorosamente e com
lágrimas nos olhos um “empurrãozinho” nas minhas modestas experiências de micro
empreendedor, juro que senti algo tomar conta de mim, como se fosse um
assentimento, ou atendimento das minhas orações.
Voltei
a cabeça e, de longe, vislumbrei o grande quadro de Bom Jesus da Lapa que
ornamento todos esses anos a minha casa, como se fosse (e é, com certeza) meu
anjo da guarda e protetor eterno!).
Procurei
aumentar minha garra, trabalhar fortemente e, graças a Deus e meu bondoso Bom
Jesus da Lapa, hoje desfruto de um vida estável, boa, até invejável certo
ponto!
Na
verdade, não só acreditei na bondade santificada, como também lutei muito pelo
meus sonhos e ideais, acreditando em mim como um guerreiro fui a luta e,
finalmente venci. Tenho uma transportadora com quarenta caminhões (carretas e
baús) viajando pelo Brasil a fora, tenho um casal de filhos formados e casados
que, seguindo meu exemplo, me ajudam na administração empresarial.
Curiosamente,
nesses trinta e cinco anos passados, perdi o contato com os companheiros de
viagem da Romaria e, sinceramente, gostaria de saber se eles também foram
abençoados!
De
tudo isso, o importante é que se reconheça que, grande parte desse vertiginoso
crescimento, foi fruto da minha luta para realizar meus sonhos, jamais fiquei
parado dizendo “que era impossível” esperando que as coisas caíssem do céu!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letra – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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