domingo, 16 de outubro de 2016

Uma triste verdade!

Antonio Nunes de Souza*

Passamos dezenas de anos ouvindo dos mais velhos e experientes que, vergonhosamente, “todo homem tem seu preço”. Desde criança, mesmo ouvindo repetidamente, pois canalhas não é privilégio da atualidade, que não acreditava e tinha minhas dúvidas achando uma afirmação sem bases, ditas somente por pessoas que foram de alguma forma injustiçados em seus negócios, ou principalmente, com problemas diretamente com as leis e a justiça!

Mas, com o passar do tempo, esse professor sem diplomas ou certificados, você vai vendo que trata-se de uma realidade absurda e exagerada (obvio que existem raríssimas e honrosas exceções), de pessoas que se vendem, muitas vezes até por favores ou preços módicos, desonram-se grosseiramente, fazendo também que não acreditemos na tal bendita e aclamada justiça, como um referencial de corretas decisões!

É tão comum presenciarmos perdões e solturas de criminosos em todas as vertentes, apadrinhados politicamente, ou através de brechas nas leis, já deixadas pelos próprios juristas, para que no futuro, consigam suas “triste e desonradas” vitórias!

Na área trabalhista os problemas e soluções são as mesmas, somente que, por uma questão de corporativismo e interesses governamentais, os processos adormecem por muitos anos, chegando ao ponto de seus corretos favorecidos, morrerem sem ver seus direitos cumpridos. E isso não ocorre somente na área governamental, pois, nas bases trabalhistas, por migalhas ou milhares, a “honrada justiça” protela até não poder mais, fazendo propostas aviltantes de acordos bastantes desonestos, usando da necessidade dos empregados envolvidos!

Infelizmente é uma triste verdade dizer que: “A justiça é somente cega para quem lhe paga o colírio para os olhos, ou cirurgias de cataratas”!
Quando vocês jovens ouvirem a frase: “Todo homem tem seu preço”, não se espante, faz parte do esquema que comanda o mundo!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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