Antonio
Nunes de Souza*
Passamos
dezenas de anos ouvindo dos mais velhos e experientes que, vergonhosamente,
“todo homem tem seu preço”. Desde criança, mesmo ouvindo repetidamente, pois
canalhas não é privilégio da atualidade, que não acreditava e tinha minhas
dúvidas achando uma afirmação sem bases, ditas somente por pessoas que foram de
alguma forma injustiçados em seus negócios, ou principalmente, com problemas
diretamente com as leis e a justiça!
Mas,
com o passar do tempo, esse professor sem diplomas ou certificados, você vai
vendo que trata-se de uma realidade absurda e exagerada (obvio que existem
raríssimas e honrosas exceções), de pessoas que se vendem, muitas vezes até por
favores ou preços módicos, desonram-se grosseiramente, fazendo também que não
acreditemos na tal bendita e aclamada justiça, como um referencial de corretas
decisões!
É
tão comum presenciarmos perdões e solturas de criminosos em todas as vertentes,
apadrinhados politicamente, ou através de brechas nas leis, já deixadas pelos
próprios juristas, para que no futuro, consigam suas “triste e desonradas”
vitórias!
Na
área trabalhista os problemas e soluções são as mesmas, somente que, por uma
questão de corporativismo e interesses governamentais, os processos adormecem
por muitos anos, chegando ao ponto de seus corretos favorecidos, morrerem sem
ver seus direitos cumpridos. E isso não ocorre somente na área governamental,
pois, nas bases trabalhistas, por migalhas ou milhares, a “honrada justiça”
protela até não poder mais, fazendo propostas aviltantes de acordos bastantes
desonestos, usando da necessidade dos empregados envolvidos!
Infelizmente
é uma triste verdade dizer que: “A justiça é somente cega para quem lhe paga o
colírio para os olhos, ou cirurgias de cataratas”!
Quando
vocês jovens ouvirem a frase: “Todo homem tem seu preço”, não se espante, faz
parte do esquema que comanda o mundo!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário