Antonio
Nunes de Souza*
Quando
você imagina que não tem mais nada que possa acontecer, sempre surge algo
inusitado que nos surpreende. E, em vista disso, já preparei o meu espírito e,
tudo que surge, está dentro do contexto social, mesmo aqueles que pendem para
lados nada convencionais!
Esse,
acontecido numa comunidade, onde todos, relativamente, se conhecem, frequentam
as mesmas farmácias, mercados, bancos, padarias, etc., bairro classe média
caminhando para alta, pois, estavam chegando novos moradores com condições
financeiras privilegiadas e, com isso, esses emergentes estavam dando o melhor
status para o acomodado lugarejo!
Isabella
Pedreira de Castro Martinez, casada com o espanhol, dono do melhor mercado,
era, além de uma bela mulher (cara, corpo e sorriso), tinha a característica de
“santa puta”. Um jogo de olhares, que deixava a impressão que adorava uma rola
dura para sentar-se. Qualquer homem, por mais idiota, tímido ou tolo, percebia
logo que Isabella, bem cantada e tendo oportunidade, transar com ela seria mais
fácil que catar jabuticaba. Talvez, somente seu marido Manolo Martinez, não
percebia esses detalhes na sua mulher, ou, quem sabe, sabia claramente e, pelas
suas desconfianças, estava sempre de olhos abertos fiscalizando sua bela
mulherzinha!
Mas,
a verdade é que Bella era arisca e sabia dar sempre um jeito de fazer suas
gostosas aventuras, agradando os penes brasileiros, principalmente de negros
que, para ela são mais satisfatórios pelos seus tamanhos e as suas bitolas! Já
casada há 10 anos, com seus 35 anos, não tinham filhos, em função de um
problema congénito do seu marido! Homem bonito, assim como ela, tinha olhos
azuis e suas características europeias lhe davam uma aparência agradável e
simpática.
O
fato é que Isabella começo a transar com Ramon, dono da padaria e pizzaria e,
ao mesmo tempo, tirava uma casquinha com o entregador de pizza que a atendia,
um negão que parecia um guarda roupa de casal e, com certeza, deveria ter um
membro super avantajado, pois, quando ele chegava com as pizzas, Bella já
estava mais lubrificada do que carro da formula um e cheia de desejos, isso
geralmente a tarde que Manolo estava no mercado. Pedrão dizia para ela que
tinha feito vasectomia, pois já tinha cinco filhos e que não havia problema
transar sem camisinha que ele detestava. Repetia sempre o ditado popular:
Transar com camisinha é como chupar bala com o papel! E Bella na fúria e
desejo, nada ligava, pois, para ela, o bom era ser penetrada com toda avidez,
vendo aquele membro grosso arregaçar sua vagina e encher de prazer!
Nessa
insanidade sexual, perdeu seus controles e, quando menos esperava, apareceu uma
gravidez inesperada e ela, perdida nas contas achou que só poderia ser de
Ramon, já que Pedrão não podia mais gerar filhos. Então...fez a maior festa com
Manolo, achando que aconteceu um milagre da Virgem Santa Madrilena!
Aí,
nove meses depois, com o hospital cheio de parentes hispânicos, nasce um
“bacurizinho” pretinho, já que o moleque era filho de Pedrão, o entregador de
pizzas, funcionário de Ramon. Todos saíram putos do hospital, ficando apenas Manolo
e Bells, que, até hoje, tenta explicar que houve troca de bebe na maternidade,
e que gostou do colored e preferia nem reclamar. Todo mundo, as escondidas,
avacalha nosso querido Manolo que, mesmo com todas as desconfianças, até hoje
vive feliz com Isabella e seu filhote batizado com o nome de Diego!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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