Antonio Nunes de Souza*
Digo
que já foi, pois no passado via-se milhares de realizações de casamentos,
festas suntuosas, médias ou simples, mas, sempre havia um festejo com lua de
mel de todos os tamanhos, até as mínimas de apenas um fim de semana!
Imagino
eu, que esse mês foi escolhido por ser o começo de um friozinho e, logicamente,
o aconchego era muito maior, e as inibições das noivas se desfazia um pouco. A
primeira transa era com as luzes apagadas, constituindo-se numa verdadeira transa
em Braille, os dois tateando para que a coisa entrasse na coisa com ajuda das
mãos. Era divertido, romântico e uma experiência desconhecida para ela, já que
os homens sempre tiveram determinadas liberdades, frequentando casas de
mulheres, cabarés, ou mesmo com as generosas e submissas empregadas domésticas!
Na
primeira noite, pela manhã a noiva estava morrendo de vergonha, levantava-se
cedo, fazia sua higiene com um bom banho, para quando o marido levantar-se, ela
estaria bonita e arrumada para o café matinal!
Como
o progresso provoca uma série de mutações, obviamente, duas coisas aconteceram:
nem maio é mais o mês casamenteiro e nem existe mais as inibições das noivas, e
muito menos a primeira noite com aqueles conselhos das mães, que vai doer um
pouco, se sair um pouco de sangue é normal e outros detalhes, inclusive para
não dar as costas ao marido (nada de anal que é pecado). Tudo isso muito bonito,
altamente lindo e romântico que, infelizmente, acabou completamente, tornando-se
algo ultra obsoleto e sem sentido!
O
que se vê hoje são os namorados, que no segundo encontro já vão pra cama, às
vezes até no primeiro mesmo, assim como nem precisa ser namorado que acontece o
modismo de “ficar”, que significa “dar uma” e se gostar dar várias depois.
Quanto a casar, hoje acham mais prático namorar transando, juntar os panos num
apartamento ou na casa dos pais, e depois de algum tempo, ele ou ela enjoa dos
temperos sexuais, cada um vai pra seu lado, partindo para outra aventura com a
maior simplicidade, sendo que em algumas ocasiões a zorra acaba entre tapas e
beijos, com sequelas brabas e desagradáveis!
E
quando as famílias são tradicionais, e desejam o casamento à moda antiga,
acontece a contragosto dos nubentes, mas fazem para agradar. E, seguramente,
não tem primeira noite, pois, no mínimo é a centésima, e o coro come com sexo
vaginal, anal, oral, só faltando nasal porque os buracos são pequenos! O único
conselho que a mãe dá é que a noiva se cuide, pois, normalmente, está grávida, ou
já tem filhos de produção independente, que ela aproveita para levar as
alianças ao altar!
Infelizmente,
desmoralizaram meu querido mês de maio, ou em outras palavras mais simpáticas,
“mês de maio já cansado, acompanhou esse estranhíssimo progresso!”
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
Um comentário:
Verdade
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