Antonio Nunes de Souza*
Ele
pode estar no céu, mas, sinceramente, tenho minhas dúvidas se realmente Ele é o
pai nosso!
De
início você vai se assustar achando que estou dizendo uma brutal blasfêmia ou
heresia. Mas, temos que ser sensatos, objetivos e, corajosamente, confessar as
nossas dúvidas, principalmente quando temos condições de exemplificar fatos verídicos,
sendo esses, literalmente, indiscutíveis!
Vou
continuar fazendo uma pergunta, que sempre tentam me responder com
pontuações abstratas e novelescas,
desejando que, inocentemente, eu acredite em citações inteiramente baseadas no não
imaginável e surreal, mas, nunca apresentam uma afirmação palpável: “Como pode
Ele com super poderes absolutos sobre o mundo, deixar seus filhos fatiados em
diversas camadas, como: miseráveis, famintos, doentes, pobres, médios, ricos e
milionários e, tranquilamente, deixar essa barbárie continuar acontecendo, sem
tomar nenhuma providência?
A
resposta, por não ter resposta, sempre é a alegação do fatídico “livre
arbítrio”, que com esse capítulo incluído na Bíblia, livra totalmente o nosso
Pai, de todas essas tragédias, que vemos aumentar cotidianamente!
Exemplificando
os maus pais terráqueos, quando se comportam deixando o barco correr solto,
demonstram e são denominados de péssimos genitores por toda sociedade, e são
classificados como cruéis, mesmo que esses tenha lhes dado a vida e certa
educação. Mas, possivelmente, para se justificar também, dizem ter dado o “livre
arbítrio” para seus filhos. Dá para acreditar em tal inconcebível coisa?
Nas
minhas incursões religiosas, dezenas de cursilhos da Cristandade, colégio de
padres e Irmãos Maristas, sempre estudei e pratiquei religiosidade. Porém, com
o passar do tempo, minha formação em história, lido centenas de livros, inclusive
a Bíblia por diversas vezes, sinceramente, não encontrei fundamentos
plausíveis, para me sustentar no abstrato e inexistente, em função exatamente
da diversidade que vivem meus irmãos “pela lei de Deus”, conforme me ensinaram
enganosamente na infância!
Sem
citar as guerras constantes e ininterruptas, crimes de todas espécies, basta
que você olhe para o continente Africano que, grotescamente, 85% dos seus
habitantes estão passivos de mortes diariamente, por fome, doenças e desprezos,
sendo que isso acontece há centena de anos, sem que Nosso Pai que está no céu,
fazer absolutamente nada, talvez esteja um pouco chateado e triste, Mas, tomar
uma providência seria, para Ele seria um absurdo, já que deu o tal “livre
arbítrio”. Você acha isso justíssimo, cabível, lógico e acreditável?
Eu,
sinceramente, não! Tenho na mente uma citação que roda os ouvidos do mundo. É do
grande filósofo alemão Arthur Schopenhauer: “Se foi um Deus que criou esse
mundo cheio de doenças, crimes, guerras, fomes, injustiças e falsidades,
sinceramente, eu não gostaria de ser esse Deus!” Será que tem algum sentido
suas palavras? Vale depois de analisar, pensar sobre!
Tem
outro grande escritor, ganhador do prêmio Nobel da Literatura, o fantástico José
Saramago, que tive o privilégio de conviver e conversar bastante pessoalmente,
que em seu discutido livro “O Evangelho segundo Jesus Cristo!”, causou um
reboliço terrível nos meios religiosos. Obviamente, não pretendo me comparar a
essas figuras de prestígio mundial, porém, tenho todo direito de explanar também
minhas sérias dúvidas, pois, infelizmente, ainda não encontrei ninguém que me
favorecesse com respostas que não sejam histórias chamadas de carochinhas!
Digo
que, literalmente, não sou dono da verdade, apenas, estou dando minha opinião e
dispensando polêmicas. Se achar que vale a pena meditar, fazer uma reflexão,
ponderar ou acatar, será problema de cada um. Dou, literalmente, “livre
arbítrio” para todos!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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