quarta-feira, 3 de maio de 2023

FICÇÃO - O TERROR HIDROGRÁFICO! (Clique e leia)

 

 Antonio Nunes de Souza*

Ao ligar meu receptor da TV Mundial e Universal, já que somente temos uma única estação de transmissão via satélite, com tradução simultânea para todos os idiomas e dialetos terrestres, pude ver em quarta dimensão, uma notícia que pela sua repetição, vinha assombrando todos os países, sem que a polícia internacional tivesse condições de amenizar esse tipo de prática criminosa. Estou referindo-me aos roubos arquitetados por quadrilhas internacionais de altas periculosidades, especialistas em roubos de água potável!

Estamos no ano de 2071, mas, desde os anos de 2055, que já acontecia fatos que davam para se prever, que dentro em breve, isso se tornaria uma rotina, deixando em perigo a população, pois, nessa época, os marginais já assaltavam os meninos que iam para as escolas tomando suas doses de um copo de água para sanar suas sedes diárias. Diga-se de passagem, que essa modesta dose, era ofertada pelo governo, já que a água que eventualmente corria nas torneiras, não tinha mais condições de ser recuperada, em função da alta poluição de mercúrio, coniformes fecais e outras impurezas provocadas pelos comportamentos dos homens, em nome do grande progresso (?) para a humanidade!

Naquele momento, aparecia ao vivo uma quadrilha de androides fabricados pela inteligência artificial, exclusivamente para esse fim, utilizando metralhadoras a laser e, a sua direita, outro caminhão tanque com uma mangueira fina e eficaz, que sugava toda água para seu recipiente, enquanto a polícia responsável pela fiscalização da hidro-distribuição na cidade, tentava combater esse terrorismo urbano com armas de grossos calibres. E, essa modesta, mas, preciosa carga, estava acabando de chegar de um aproveitamento de um restante das geleiras do pólo norte, custando uma fortuna aos cofres públicos, em termos de valores dos custos com importação e transporte, através de naves espaciais específicas para tal fim!

Fiquei bastante triste com a notícia que vi, e estarrecido fui tomar o meu banho genérico no chuveiro de raios limpex ultra violeta, e recordei meu tempo de criança, lembrando-me dos maravilhosos banhos que tomava no meu querido e saudoso rio cachoeira, hoje, como a grande maioria de outros no mundo, não mais existe!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia amigo!