Antonio Nunes de Souza*
A
arte de enganar é talvez a mais usada no mundo, pois, ela começa a ser aplicada
em nós, desde o nascimento, perdurando até nossa morte!
Na
fase da infância, somos absurdamente enganados com astúcias para comer, tomar
banho, dormir e outras series de coisas, como a existência de papai Noel, bicho
papão, Branca de Neve e outras personagens enganadoras, fora uma outra
enganação sobre diabo, inferno, purgatório, céu, pecados, etc., nos deixando medrosos,
assustados e, ao mesmo tempo, sub-repticiamente, vamos aprendendo a ser
enganadores a proporção que vamos descobrindo quanto nos enganaram e por tanto
tempo!
Já
na juventude, mediante as lições recebidas na infância, logicamente começamos a
aplicar sobre os lugares que vamos, namoros, faltas ao colégio, bebendo e
fumando escondido, transando e tendo abortos, e outras vertentes pecaminosas
que nos traga benefícios. Como adultos, já estamos completamente formados no
hábito de enganar, usando essa artimanha nas horas que haja necessidade de nos
favorecer. Vale dizer que essa astúcia é usada cotidianamente, desde pequenas
circunstâncias, atingindo as maiores possíveis. Passou a ser um vertiginoso e
péssimo hábito sem medidas!
Passamos
todos nós a ter dois grupos: Enganadores e enganados. Porém, o curioso é que
todos nós, literalmente, fazemos parte dos dois grupos, pois, assim como somos
enganados, também, tranquilamente, enganamos. Somos duas equipes igualitárias,
ou pra ser mais objetivo, uma única que é passiva e ativa, dependendo da
ocasião. Às vezes até reflexiva!
Não
citar uma classe especial de enganadores, seria uma bruta injustiça com os PHD
na matéria: os políticos. Inegavelmente, os estes usam e abusam desse mal
costume, principalmente em função da péssima memória do povo, que nos
intervalos das eleições, esquecem completamente os erros, mentiras e enganações
e, idiotamente, tornam a votar nos cretinos. Agora mesmo estamos com dois bons
exemplos: Um que entrou na presidência enganando os ricos com muitas benesses,
remediados que pensam que são ricos, e uma grande parte da vertente de
evangélicos tolos, que imaginam que vão ganhar o céu, seguindo as orientações descabidas
de seus desonestos pastores. Já o atual, muito mais consciente e inteligente,
engana o povo humilde e as classes discriminadas e excluídas, dando pão e
circo, além de algumas melhorias em outras áreas e, como essa faixa é a maioria
da população, consegue ser considerado um ídolo e pai da pobreza. Podemos dizer
que trata-se de uma enganação até benéfica, já que o povo, por três vezes o colocou
com honras no trono presidencial!
Creio
que com essas minhas palavras, não estou enganando ninguém, apenas mostrando
como o engano está presente em todos momentos de nossas vidas. Ainda não
conheci uma pessoa ilibada, mesmo na história, para poder citar como exceção!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
Um comentário:
É desde jeito mesmo!
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