Antonio Nunes de Souza*
É uma linda conotação divina
Todo mundo por ela se fascina
Descrevendo-a como bela!
Ah! Como essa gente mente!
E quem ouve cala e consente
Com essa profunda balela!
Esse estado físico, animal e humano
Dos estados é talvez o mais profano
Por não ser infinito nem eterno.
Às vezes retrata um lindo céu
Outras sabor do puro e gostoso mel
Algumas vezes parece mais um inferno!
A vida não passa de extensa aquarela
Onde somos apenas uma modesta tela
Que ela tinge quando nos atinge.
Azul, vermelho, verde, cinza ou lilás
Poucas vezes, usa o branco da paz
E o homem numa redoma incolor finge!
Se passarmos um filme da nossa pinacoteca
Veremos como a dita “vida bela” peca
Nos matizando com milhares de cores.
Aparências mutantes e tão diferentes
Com tons tristes, poucas tons contentes
Expondo necessidades, paixões e amores.
Vivemos com eternas lamentações
Econômicas e em nossos corações
Pedindo a Deus forças nas dores.
Mas, os quadros seriam mais definidos
Se fôssemos inteligentes e prevenidos
E pintássemos bem nossas próprias cores!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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