Antonio Nunes de Souza*
Se ontem me perguntassem qual foi a notícia mais triste que eu já tinha recebido, sinceramente, eu não teria nenhuma que fosse especial, ao ponto de me causar uma enorme tristeza!
Mas, hoje se alguém me fizer essa mesma pergunta, com uma tristeza profunda, eu responderia com lágrimas nos olhos, sem titubear, que foi o falecimento da minha querida mãe, ocorrido essa madrugada!
Como sempre, levantei-me as cinco horas para escrever e, ao ligar meu computador, deparo com uma mensagem do meu irmão, mostrando num vídeo minha querida e doce Alice, nos seus 101 anos de vida, lúcida e jogando beijos para todos, vídeo esse, feito há um mês atrás, como se fosse uma despedida antecipada!
Na minha idade, obvio que já perdi muitos amigos, parentes e aderentes, mas, muitos passaram despercebidos, outros nada sentidos e alguns completamente esquecidos. Porém, quando se trata de nossa mãe, principalmente a minha que foi uma guerreira, lutadora, meiga, carinhosa, mãe de nove filhos, muitas vezes sofrendo as agruras e ironias do destino, não mediu esforços para educa-los transformando-os em pessoas de bem. Tenho orgulho de todos os meus irmãos e irmãs, todos criados embaixo da grande asa protetora de minha adora mãe Alice!
Geralmente, todas as mães quando morrem, os filhos derramam elogios abundantes, as vezes até exagerados. Porém, no meu caso, sinceramente, todas as minhas adjetivações estão sendo empregados de uma maneira justa e merecida, pois, minha querida mãe foi uma pessoa super especial, em função das grandes adversidades atravessadas ao longo da sua vida! Talvez, como prêmio das grandes atitudes solidárias, amor aos seus familiares, ausência de rancores, Deus, antes de chama-la, a presenteou com 101 anos junto a todos que ela amou e cuidou. Vendo crescerem, terem filhos e lhe darem netos e bisnetos!
Cumprida essa linda e elogiosa missão, chamou-a para junto Dele e, com certeza, lhe colocará num lugar bastante especial dedicado a quem no mundo foi somente dedicação, Não tenho a menor dúvida que os anjos estarão na porta para recepciona-la, com a galhardia destinada as mães especiais. E minha querida Mãe Alice foi uma delas!
Em um dos meus poemas eu disse: “Como sentir saudades de alguém que parte, se esse alguém estará sempre dentro do nosso coração partido?”
E ela estará sempre dentro do meu coração, até o dia que, com alegria e amor, nos encontraremos!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hoptmail.com
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