quinta-feira, 17 de março de 2016

Nossa vilã no momento!

Antonio Nunes de Souza*

Enquanto a veneramos pela sua necessidade básica e vital, ela, estimulada pelos tratamentos recebidos, tem respondido com violência e, ao mesmo tempo, com uma escassez tenebrosa e duradoura em algumas regiões, causando transtornos jamais concebidos, já que poucos anos atrás, seus comportamentos eram administrados, sazonalmente, com pequeníssimas margens de erros!
Estamos tratando, evidentemente, da nossa preciosa chuva, que sempre foi a estimuladora e indispensável na agricultura, pecuária, indústria, comércio e, principalmente, na área urbana!
Presenciar alagamentos absurdos e tempestivos, com desmoronamentos, mortes e prejuízos incalculáveis, tornou-se uma rotina constante em nossa vidas. Cidades completamente submersas, estradas interrompidas, pontes e barragens destruídas, colocando o povo numa situação triste e desesperadora, uma vez que, os governos, por mais que queiram, não tem mais possibilidades de refreá-la, já que operações e projetos para se voltar a um equilíbrio não custaria menos de bilhões, como também, uma centena de anos!
Acima, apenas citamos o excesso, mas, a escassez em centenas de cidades e algumas regiões é tão sofrida pela sua falta, como é sofrida pelos exageros. Rios outrora caudalosos, agricultura com suas plantações invejáveis e produtivas, transformadas em verdadeiros desertos, famílias morrendo de fome, outras abandonando suas cidades, pois, aqueles que ficam, além de continuarem sofrendo as agruras do inferno, enfrentam tais situações por não possuírem outras opções!
Infelizmente, nossa chuva de lágrimas não comove, em nenhuma hipótese os políticos, pois, para eles, essas obras faraônicas que requer bastante tempo, acham eles que, mesmo sendo essenciais, apenas darão votos muito no futuro e eles não se aproveitarão. O bom mesmo são as obras rápidas r urbanas, onde mostram seus serviços e suas caras para suas reeleições tranquilas. São as chamadas “engana povo”, que geralmente são feitas ou começadas nos últimos anos das gestões!
Curiosamente, metade do país reza para não chover e a outra metade para que chova copiosamente, como no passado! Uma lástima que o desequilíbrio dos homens, tenha, tristemente, desequilibrado nossas condições climáticas sazonais!
Uma dádiva de Deus tão bendita, transformada em uma “grande vilã”, pela ganância financeira dos homens, que procedem com os argumentos pífios de que estão trabalhando em nome e pelo progresso!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com 

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