Antonio Nunes de Souza*
Há
coisas que acontecem no dia a dia, relativas aos procedimentos humanos que, por
mais que sejamos estudiosos dos comportamentos humanos, sempre estamos nos
enganando, ou sendo surpreendidos com ações completamente inusitadas e sem
nexos, ou mesmo com algum equilíbrio emocional!
Embora
fatos similares acontecem em outras áreas, vamos focar apenas na vertente
política, por ser a mais importante de todas e, absurdamente, é a que mais,
acentuadamente, compõe o que vamos dizer adiante!
Existe
uma tônica muito repetida e conhecida: “cada povo tem o governo que merece!” e,
por incrível que pareça, é uma citação sábia, lúcida e verdadeira. Uma vez que,
nossos governantes somos nós mesmo que temos a primazia de escolhe-los.
Portanto...estamos sendo administrados por pessoas que escolhemos ao nosso
gosto e com a convicção de que estamos procedendo corretamente! Com relação as
consequências, isso é outra história que, como se fosse uma ficção completamente
real, faz parte firme e forte do desejo do povo, que perde nos seus ganhos
administrativos e legislativos, mas, em compensação, ficam felizes com os
direitos de culpar governos, condenar políticos, cobrar projetos, trabalhos em
todas as áreas, principalmente saúde, segurança e moradia e, de complemento,
saneamentos, estradas e aumentos periódicos!
Fizemos
uma pesquisa aleatória, modesta e amadora, apenas para colher material no
sentido de dar ênfase ao artigo e, sinceramente, ouvimos de muitos que o bom é
falar mal e ter assunto para os botequins, festas, esquinas e reuniões sociais.
Pois, cada um abre seu rosário de queixas e os outros, para não ficarem atrás,
até aumentam as defasagens para demonstrar suas grandes informações sobre os
fatos!
Com
ousadia, perguntamos, corajosamente, por que não prestaram a atenção e votaram
nos melhores candidatos? E, pasmem vocês, pois quase me responderam em coro:
Por que votar nos melhores? Aí as coisas seriam todas certinhas, não faltaria
nada, tudo organizado demais e nossa vida seria monótona e chata. Uma rotina
desagradável e nós não teríamos o prazer do “falar mal”, de confessarmos nossos
arrependimentos (?) e discutir em quem votaremos nas próximas eleições!
Percebemos
que o prazer maior é ter “responsáveis” para colocarem as culpas e falhas,
mostrando nas rodas de bate papo que, as vezes negando seus votos, as culpas
são dos outros!
Pesarosamente,
você percebe que o bom não é ser bem atendido, pois, o importante é o descaso
para que seja um lindo prato para uma conversa agradável (?) e sábia entre
eleitores inconsequentes!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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