sexta-feira, 11 de março de 2016

Ficção real!

Antonio Nunes de Souza*

Há coisas que acontecem no dia a dia, relativas aos procedimentos humanos que, por mais que sejamos estudiosos dos comportamentos humanos, sempre estamos nos enganando, ou sendo surpreendidos com ações completamente inusitadas e sem nexos, ou mesmo com algum equilíbrio emocional!
Embora fatos similares acontecem em outras áreas, vamos focar apenas na vertente política, por ser a mais importante de todas e, absurdamente, é a que mais, acentuadamente, compõe o que vamos dizer adiante!

Existe uma tônica muito repetida e conhecida: “cada povo tem o governo que merece!” e, por incrível que pareça, é uma citação sábia, lúcida e verdadeira. Uma vez que, nossos governantes somos nós mesmo que temos a primazia de escolhe-los. Portanto...estamos sendo administrados por pessoas que escolhemos ao nosso gosto e com a convicção de que estamos procedendo corretamente! Com relação as consequências, isso é outra história que, como se fosse uma ficção completamente real, faz parte firme e forte do desejo do povo, que perde nos seus ganhos administrativos e legislativos, mas, em compensação, ficam felizes com os direitos de culpar governos, condenar políticos, cobrar projetos, trabalhos em todas as áreas, principalmente saúde, segurança e moradia e, de complemento, saneamentos, estradas e aumentos periódicos!

Fizemos uma pesquisa aleatória, modesta e amadora, apenas para colher material no sentido de dar ênfase ao artigo e, sinceramente, ouvimos de muitos que o bom é falar mal e ter assunto para os botequins, festas, esquinas e reuniões sociais. Pois, cada um abre seu rosário de queixas e os outros, para não ficarem atrás, até aumentam as defasagens para demonstrar suas grandes informações sobre os fatos!
Com ousadia, perguntamos, corajosamente, por que não prestaram a atenção e votaram nos melhores candidatos? E, pasmem vocês, pois quase me responderam em coro: Por que votar nos melhores? Aí as coisas seriam todas certinhas, não faltaria nada, tudo organizado demais e nossa vida seria monótona e chata. Uma rotina desagradável e nós não teríamos o prazer do “falar mal”, de confessarmos nossos arrependimentos (?) e discutir em quem votaremos nas próximas eleições!
Percebemos que o prazer maior é ter “responsáveis” para colocarem as culpas e falhas, mostrando nas rodas de bate papo que, as vezes negando seus votos, as culpas são dos outros!

Pesarosamente, você percebe que o bom não é ser bem atendido, pois, o importante é o descaso para que seja um lindo prato para uma conversa agradável (?) e sábia entre eleitores inconsequentes!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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