terça-feira, 22 de março de 2016

Com...Puta...Dor!

Antonio Nunes de Souza*

Essas três palavras, uma preposição, um substantivo e um adjetivo (ou adverbio), formam uma palavra, que é um equipamento, essencialíssimo, que, depois que começamos a usá-lo, ficamos viciados, escravizados e com uma dependência que só podemos classifica-la com a força e veemência monstruosa de “filha da puta”. Não adianta dizer, horrorosa, terrível, chata e desagradável. Essas são palavras tão medíocres para avaliar que você está com puta dor, quando a desgraçada da máquina dá um pane qualquer e lhe deixa na mão. Ou com as mãos atadas!
Juro de pés juntos que, se eu estiver na cama nu com Juliana Paes e ela antes dos “finalmentes”, se levantar e ir embora, com certeza me doerá muito menos, pois, me levando, dou uma risadinha, visto a roupa e vou para meu computador gozar as delícias do mundo! Jamais imaginei que inventaria uma máquina que eu, adorador das mulheres, fosse amar mais do que uma xereca. Ainda bem que essa evolução do homem na área de cibernética, já me pegou quase nos estertores da minha ida, pois, eu nem mais sei o que fazer, se Juliana Paes ou a manequim Gisele deitar na minha cama. É capaz de apenas ficar zangado e ir dormir no sofá na sala!
Essas confissões que estou fazendo, são verdadeiras, sinceras e completamente pertinentes. Somente quem labuta com tal instrumento, cotidianamente, pode ter uma visão similar e, por vergonha, não ter a coragem de confessar essa maldita fraqueza!
Hoje e mais quatro dias atrás, estou completamente desesperado, pois, algo estranho apareceu que embananou meus envios e recebimentos de e-mails, inclusive apagando quase uma centena de endereços dos meus queridos contatos. Eu vou dizer, tolamente, que isso é chato? Não significará em nenhuma hipótese, a puta dor que estou sentindo. Para que você sinta meu sentimento real e verdadeiro, tenho de exclamar alto e com bom tom que: É foda!
Parece que estou abusando do linguajar baixo e mais que popular, mas, sinceramente, desconheço outras palavras que exprimam, dignamente, a não ser essas consideradas chulas que os pudicos acham feias. Para mim são lindas quando são empregadas com a classe que uso, somente para dizer que estou: Com...Puta...Dor”

Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –antoniodaagral26@hotmail.com

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